Uma experiência sinestésica em que, entre uma história de um casal que se separou e um telefonema à Fedex perguntando se esta transportaria pessoas, se reflecte sobre os melhores métodos para se chegar mais perto de quem se ama.
Secção: Competição Internacional
Diana Lin (a Lu Jian de A Despedida de Lulu Wang) é a protagonista de um jantar que é, ao mesmo tempo, uma desagradável reunião de negócios e uma desajeitada reunião familiar. O reencontro é entre a filha, que foi viver para a América, e o pai, a mãe (Lin) e o irmão.
Uma viagem virtual pelos sonhos e desejos de um grupo de adolescentes queer de Nova Iorque, uma Geração Z que vê o mundo com olhos diferentes e esperança no futuro. Um filme que ilustra a importância, e o poder, de encontrar uma comunidade.
Um documentário extremamente pessoal onde Firouzeh Khosrovani dá a conhecer intimamente a vida e o casamento dos seus pais, pessoas que não poderiam estar em pólos mais opostos do secularismo e da ideologia islâmica religiosa. Uma história contada através de imagens de arquivo, cartas e conversas, numa radiografia que ultrapassa o particular para ilustrar também conflitos no âmago da sociedade iraniana.
As mulheres da equipa feminina de vólei japonesa que ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 1964, em Tóquio, eram conhecidas como “As Bruxas do Oriente”. Ainda hoje mantêm um recorde de 258 vitórias consecutivas. Agora, nos seus setenta anos, reencontram-se num passeio por memórias, com direito a sequência de anime e um olhar brincalhão, repleto de referências pop.
Nos arredores de Madrid, o terreno de La Cañada Real foi vendido e os moradores, que construíram as suas casas de raiz, são obrigados a realojar-se. A família Gabarre-Mendoza prepara-se e tenta lidar, cada pessoa à sua maneira, com a transição, mas o medo e a burocracia não serão adversários fáceis.
Com três gerações a viverem debaixo do mesmo tecto, e na claustrofobia de uma pequena vila no Kosovo, Venera é uma adolescente com pouca privacidade ou espaço para viver a sua vida e explorar as suas emoções. O trabalho de câmara discreto traz intimidade a uma história onde crescer significa fazer escolhas.
De pessoas das montanhas a mineiros, e agora hillbillies ignorantes e sem trabalho. É assim que Brian Ritchie descreve uma geração de pessoas dos Apalaches, abraçando os estereótipos que lhes são imputados, mas dando também a conhecer um tipo de vida nas montanhas com uma carga poética difícil de catalogar.
Shiva é um período de uma semana de luto da religião judaica e também uma oportunidade para homenagear quem faleceu e sua família. Esta comédia ácida coloca uma jovem judia na posição ingrata de ter de enfrentar a mais claustrofóbica shiva possível, onde se vê confrontada com uma ex-namorada, um sugar daddy secreto e múltiplos parentes bisbilhoteiros.
A câmara de Koberidze traz poesia aos gestos mais quotidianos, numa ode ao amor, ao futebol e ao cinema. Neste filme em jeito de conto popular moderno, duas pessoas apaixonam-se num momento clássico de meet cute, mas encontram-se amaldiçoadas, condenadas a não se reconhecerem.
Um documentário cru sobre Delphine, uma jovem camaronesa que carrega uma bagagem de sofrimento que criou chifres. A câmara de Rosine Mbakam mantém-se em Delphine, sem desviar o olhar ou ilustrar o que esta conta. Nascida nos Camarões e agora sediada na Bélgica, o cinema de Mbakam, que se tem focado na experiência migrante, explora aqui temas como o peso e domínio das sociedades patriarcais sobre as mulheres africanas e a exploração sexual, colonial típica da cultura ocidental.
Bariloche é uma meca na Patagónia, Argentina, para quem quer esquiar. Mas o olhar do filme está interessado em contrastar os turistas e argentinos felizes pela possibilidade de aproveitar as encostas brancas, e a população indígena que trabalha para que outros possam usufruir deste desporto de inverno. Há uma exclusão implícita e o filme habita essa dicotomia.
Ephraim Asili continua a explorar a diáspora africana, bem como o seu lugar e papel nesta. Este é o contexto que marca a sua estreia na longa-metragem com um filme meta-textual, centrado numa comunidade de artistas e ativistas negros, na zona oeste de Filadélfia, que deseja criar um colectivo. Ao mesmo tempo, entrelaça uma lembrança do movimento de libertação MOVE, bombardeado pela polícia de Filadélfia, em 1985.
Lavar a roupa, tocar um instrumento. Gestos quotidianos simples que são interrompidos pelo comportamento libidinoso da máquina de lavar roupa.
Dois minutos de trip sideral, em que coloridos alienígenas de origens enigmáticas (vêm do espaço ou do mais profundo oceano?) simplesmente se divertem em conjunto.
Com um pé nos Estados Unidos e outro em Caxemira, o filme traça uma linha entre o poeta Caxemiro-Americano Agha Shahid Ali, entrevistas com o pai do realizador e uma carta ao líder do Partido Comunista, Prabhakar Sanzgiri – também parente do realizador.
C apenas quer encontrar um ser com quem possa sentir a ternura da proximidade e intimidade. Em sucessivas fases, C vai descobrindo os altos e baixos de encontrar o que deseja para de seguida o perder. Entre a solidão e o tacto companheiro.
Com uma encenação teatral, este filme dá voz a 13 mulheres que expressam – usando factos, mitos, opiniões, humor – as suas perspectivas face às condições que regem o trabalho de parto nos hospitais franceses e o tratamento da mulher num momento tão vulnerável.