Um olhar alternativo sobre o famoso filme de Yoko Ono nos anos 1960. Um som/performance/objecto que ultrapassa limites.
Secção: Observatório
Dois jovens, Paris, 1980. Sarah é uma cantora lírica barroca e Pascal é um estudante de literatura. Pascal vive num estúdio na Rue Saint-Jacques, visitado cons-tantemente pela sua namorada, Christine, e está, teoricamente, a trabalhar na sua tese de mestrado. Sarah canta num ensemble barroco sob a direcção de um maestro de origem anglo-saxónica que ela chama de O Inominável e vive num apartamento com o seu namorado, Manuel, um programador de computadores. Pascal e Sarah não se conhecem, mas têm duas coisas em comum: ambos vivem com pessoas que os amam, embora não os percebam verdadeiramente, e os dois são profundamente melancólicos. O encontro dos dois acaba por se dar na essência do barroco, tal como Sarah o tinha definido antes: É como ser duas pessoas ao mesmo tempo, e uma delas está viva porque a outra está morta. Ouvindo a comovente voz de Sarah em o Lamento della Ninfa de Monteverdi, a Pont des Arts estende-se sobre o rio Sena, construída pelos homens para preencher um vazio na cidade, e reunir, num único local, a morte e a vida.
Para quê dar-se ao incómodo de se arrastar em torno da sua própria sombra? Um homem sem sombra que cedo descobre que a ausência de uma sombra pode ser humilhante. Após fugir para os cantos distantes da terra, temina em Bali, num teatro de fantoches de sombra, onde descobre o verdadeiro valor das sombras.
A família de Hong Sun Hui, uma operária têxtil, leva-no a conhecer o quotidiano no país do querido líder Kim Jong II. O sistema de doutrinação, controlo e autocrítica é tão assustador como rídiculo.
A história começa no Japão. Depois da crise nuclear em Fukushima, Mez viajou até Tóquio em busca de respostas sobre Chernobyl. De volta a casa, começou a investigação de um escândalo ambiental do qual poucos estão ao corrente. No sul dos Urais, onde Estaline construiu a instalação nuclear de Mayak, depois da segunda guerra mundial, um grupo de pessoas tem como morada um dos sítios mais contaminados pela radioactividade ao cimo da terra. A região, que ainda hoje serve para reprocessamento de combustível nuclear, já foi irradiada por diferentes acidentes e continua em operação. Mais do que uma investigação documental, o cineasta tenta transmitir através de um olhar cinematográfico o perigo invisí- vel que estas pessoas correm, demonstrando a forma destemida como lidam com a situação.
Jogos Olímpicos em miniatura. As pontuações, o pódio, as medalhas… Tuda, na mais famosa competição de natação do mundo… Atrás do jardim lá de casa.
Tóquio. Estação de comboios de Shibuya. Ao final do dia, empregados de escritório e estudantes e amontoam-se à espera do próximo comboio. Sem urgência. Com calma e delicateza. O ritual mágico da actividade humana quando se entra num comboio já totalmente cheio. A coreografia do quotidiano real.
A morte de uma criança provoca esta colecção de reflexões pessoais sobre a dor e a perda. Membro fantasma” é a ilusão de que um membro existe ainda depois de ter sido amputado. “
Curdistão. Duas aldeias vizinhas foram separadas por uma fronteira minada. Apesar dos seus habitantes terem passado a não poder comunicar livremente entre si, os jovens casais tentam a todo o custo unir as suas vidas.
Fingir ou ficar? Jim procura a resposta para o eterno problema da existência humana… Mas acontece que nem todos os dias são bons para se fazer essa pergunta.
Um artista bloqueado. Pedinte pobre. Um dos pioneiros da animação canadiana. Anjo caído. Arrogante. Tímido. Falido. Não destruído. É um filme baseado na verdadeira história de Ryan Larkin, um animador canadiano que, há trinta anos, produziu alguns dos mais influentes filmes da época.
Um rapaz de 12 anos deixa a sua avó e vai trabalhar a terra com os homens. Durante o trabalho, são perturbados pelas vozes de intrusos. Mandam o rapaz investigar e ele descobre que a velha está a convocar os espíritos dos mortos na floresta.
Nova Iorque num falso futuro. Uma ficção paralela à realidade. Um futuro paralelo ao presente. Vinda do espaço, a rapariga cai no oceano. Ela vem de uma constelação distante chamada Monday e assume a forma humana de uma bela rapariga para poder procurar o seu amigo. O amigo terá chegado anos antes e ela suspeita que ele precise de ajuda, talvez preso na sua forma humana, agora com o nome de Jack Bell. Impulsionada pela Grande Revolução, a cidade-estado de Nova Iorque foi libertada pela Triple M (Major Multimedia Monopoly), que implementou uma ditadura de consumo em favor das acessibilidades, autonomias e progresso tecnológico. Jack Bell é o responsável pelo programa Human Value Reform Act que permite cotar os cidadãos na bolsa: os seus créditos no mercado aumentam consoante as suas relações sexuais e as contingências do próprio mercado. Assustado com as consequências das suas sugestões para este programa, Jack lidera um movimento de contra-revolução. Fortuitamente, Cecile, uma executiva da agência onde trabalha, acaba por tomar parte do seu movimento clandestino. Cecile. A rapariga. Jack. Um trio pseudo amoroso desadaptado da sociedade.Hal Hartley, uma das figuras de proa da geração indie do cinema americano no início dos anos 90 (ao lado de Todd Haynes e Gus Van Sant, por exemplo), está de regresso com a sua mais recente, e surpreendente, incursão cinematográfica.
“Um Homem” é a história de um homem chamado Jorge, lavador de pratos, que vive numa roulotte e recebe Constance, que acaba de deixar o marido, Walter. No fim, Constance volta para o marido.
Um agricultor está a ter problemas com a sua cadela dorminhoca e inútil. Mas o que é que se há-se fazer?
Um colar valioso. Uma proposta de casamento. Um furto. Mrs. Thief (Mandy), uma eminente mulher da alta socie-dade e executiva de grande sucesso, persegue tudo o que signifique beleza, sobretudo jóias inestimáveis. É por isso que não consegue recusar a proposta de ca-samento feita pelo grande homem de negócios Steve quando este lhe oferece o tesouro da sua família. Na véspera do seu casamento, dois misteriosos gangs aparecem e roubam-lhe a fortuna. A boda é cancelada e a desconfiança cresce. Mrs. Thief suspeita que o seu ex- -marido, o famoso e charmoso milionário Mr. Thief (Alex), seja o homem por trás deste golpe. Um jogo. Todos os jogos. Tendo seguido caminhos separados durante alguns anos, o percurso do casal volta a encontrar-se na disputa de um objectivo comum. Mrs. Thief tem a certeza que o seu ex-marido roubou o tesouro de forma a sabotar o casamento e voltar a ter a sua atenção. Ela está determinada a usar todos os meios para que ele confesse o seu crime. Mr. Thief, que insiste na sua inocência, aproveita esta oportunidade para reacender os sentimentos de Mrs. Thief por ele. O que se segue é um jogo de gato e rato, sedução e ciúmes.
No seguimento de dez, Abbas Kiarostami conduz-nos ao âmago do processo criativo dos seus filmes e revela-nos a consistência integral de um trabalho. Uma reflexão incisiva sobre o cinema.
Uma mulher liga-se à Internet. Não só adopta esta tecnologia como a ela se entrega por completo, descarregando corpo e alma para o seu amante electrónico. Neste universo de caixa de Pandora, desejo sexual e desumanização entrecruzam-se até que final e brutalmente a sua ligação é cortada.