Roméos et jupettes

Dos anos 60, impregnados de amores de juventude, Roméos et jupettes partiu da ideia de uma reflexão sobre a moda e o correio das leitoras às revistas femininas.(A partir do texto da Cinemateca Portuguesa)

Marketing mix

Realizado para a série televisiva “Contes modernes”, Marketing mix é uma ficção, com Bernard Menez no papel de um jovem licenciado ambicioso que tenta impor uma nova estratégia de mercado na empresa que o contratou como assistente comercial.(A partir do texto da Cinemateca Portuguesa)

Muta

Muta foi uma encomenda da marca de moda Miu Miu: a bordo de um paquete estranhas figuras vestidas de alta costura vagueia, de rosto coberto pelos longos cabelos, como num filme de terror.

Ni figue ni raisin Nº5

Programa televisivo da ORTF nos anos sessenta, “Ni Figue ni Raisin” propunha-se divulgar novos discos favorecendo os números musicais e a apresentação de canções. No 5º. episódio, Rozier ensaia uma aproximação à comédia musical e oferece a Anna Karina a primeira oportunidade de um número cantado e dançado. Filma também uma sequência de samba na neve interpretada por Dario Moreno.(A partir do texto da Cinemateca Portuguesa)

Lettre de la Sierra Morena

Lettre de la Sierra Morena foi originalmente realizado para a série “Cinéma Cinémas”, “Como fazer um filme independente em 1983? Parti desta questão para imaginar um diálogo. Um cineasta Don Quixote e um cineasta Sancho Pança confrontam os seus pontos de vista” (Jacques Rozier).(A partir do texto da Cinemateca Portuguesa)

Ni figue ni raisin Nº8 (de Corinthe)

Programa televisivo da ORTF nos anos sessenta, “Ni Figue ni Raisin” propunha-se divulgar novos discos favorecendo os números musicais e a apresentação de canções. No 8º. episódio, leva a sua abordagem “ainda mais longe em direção à comédia musical” encenando uma fantasia mitológica dentro do estúdio de televisão, Les Argonautes. Uma das estrelas do programa é Dalida.(A partir do texto da Cinemateca Portuguesa)

Nono Nénesse

Nono Nénesse (realizado em colaboração com Pascal Thomas) inspira-se em Brats, com Laurel e Hardy (1930) para captar a transformação de Bernard Ménez, Jacques Villeret e Maurice Risch em fedelhos, num cenário construído em estúdio, à escala natural.(A partir do texto da Cinemateca Portuguesa)

Nueva Argirópolis

Lucrecia Martel tece uma trama de narrativas fragmentárias que compõem um retrato coral da população ameríndia, do ecrã do computador à formação das ilhas no rio Bermejo, passando pela língua e pelos ofícios. Nueva Agirópolis é um misterioso caudal de movimentos, gestos e olhares que remete para a proposta de confederação sul-americana de Domingo Faustino Sarmiento, de 1850. Parte do projecto 25 Miradas – 200 minutos.

Maine Océan

Uma bailarina brasileira tem problemas com dois revisores de comboio e é ajudada por uma advogada, que lhe serve de intérprete e com quem trava amizade nessa viagem a bordo do “Maine Océan”, encontrando-se os quatro, mais tarde, numa ilha onde improvisam uma festa. Os meandros narrativos de Maine océan tecem um filme de apurado sentido musical que novamente trabalha o movimento e as deslocações das personagens e de novo refere questões linguísticas. Produzido por Paulo Branco, com fotografia de Acácio de Almeida, é, segundo João Bénard da Costa, “um dos mais modernos dos filmes modernos”.(A partir do texto da Cinemateca Portuguesa)

Jean Vigo

O segundo filme da célebre e fundamental série televisiva de Janine Bazin e André S. Labarthe (falecido em Março), “Cinéastes de Notre Temps”, foi dedicado a Jean Vigo e filmado por Jacques Rozier, para quem Vigo era um dos grandes mestres. Disse Rozier: “Fiz o filme seguindo o mesmo método deCitizen Kane: ‘Quem era verdadeiramente o cidadão Jean Vigo?’ Os seus colaboradores, os seus amigos, falam dele trinta anos depois da sua morte. Descobrimos então um Vigo completamente anarquista, muito farsante, o oposto da sua imagem nas histórias do cinema”.(A partir do texto da Cinemateca Portuguesa)

Joséphine en tournée

Triunfando no papel de Joséphine em L’oeuf de Pâques, cuja temporada termina na 457ª representação, a actriz de variedades Lily Strasberg decide viajar para o Midi. É o ponto de partida do projeto, originalmente concebido como uma série em quatro episódios de 50 minutos e centrado num pequeno grupo de teatro que vagueia na região occitana francesa de Languedoc representando operetas. Joséphine en tournée é apresentado na versão correspondente ao primeiro deles e a uma parte do segundo. Trata-se de uma obra que conheceu muito poucas exibições públicas.(A partir do texto da Cinemateca Portuguesa)

La Ciénaga

A estreia de Lucrecia Martel na longa entrou directamente na competição oficial do festival de Berlim, vencendo o prestigiado prémio Alfred Bauer. O filme foi apelidado por muitos críticos como “chekhoviano”, e de facto tudo gira em redor da exploração dos tempos mortos de uma certa burguesia decadente argentina. Aliás, o ambiente pantanoso (do título, da cidade e da piscina esverdeada) é sintomático do classismo ruinoso que separa a preguiça alcoolizada dos patrões das acusações de roubo contra os criados ameríndios. La Ciénaga levantava já várias questões sobre a interiorização do colonialismo que agora Zama responde.

Le Parti des choses: Bardot et Godard

Le Parti des choses: Bardot et Godard (juntamente com Paparazzi) resulta do material filmado durante a rodagem mediterrânica de O Desprezo de Godard, testemunhada pela câmara de Rozier. De tom acentuadamente melancólico, o segundo capta o encontro Brigitte Bardot / Jean-Luc Godard, o do cinema e da realidade. Era Godard quem dizia que “é preciso ter as coisas em conta”.(A partir do texto da Cinemateca Portuguesa)

Leguas (El aula vacía)

Para o projecto El aula vacía (organizado por Gael García Bernal), dedicado ao flagelo do abandono escolar na América Latina, Lucrecia Martel explorou, em Leguas, a questão da segregação das comunidades indígenas instituída pelas escolas.

Les naufragés de l’île de la Tortue

Viver, e vender, a experiência de Robinson Crusoé numa ilha deserta é o projecto turístico em que dois funcionários de uma agência de viagens parisiense se lançam embarcando para as Antilhas na terceira longa de Jacques Rozier, que mais tarde a viu como “uma espécie de road movie antes do tempo”. É um dos seus filmes que mais arredado do olhar público se manteve, não tendo mesmo chegado a estrear em França. O trabalho de dissociação entre a ansiedade narrativa e a fluidez formal que marcam já Adieu Philippine é também o do olhar sobre estes náufragos melancólicos em ambiente paradisíaco.(A partir do texto da Cinemateca Portuguesa)

L’opéra du roi

“Filme musical” de Jacques Rozier, ancorado numa das obras de Jean-Baptiste Lully, compositor italiano naturalizado francês cuja prolífera obra surgiu na corte de Luís XIV, Atys. Realizado durante a preparação da respectiva ópera pelos director musical William Christie e encenador Jean-Marie Villégier.(A partir do texto da Cinemateca Portuguesa)

Fifi Martingale

Jacques Rozier falou de Fifi Martingale como uma fantasia sobre o teatro que teve origem em Joséphine en tournée. Apresentado no Festival de Veneza em 2001, o filme teve muito poucas outras exibições (existindo agora numa versão remontada de 2010). Centra-se numa companhia de teatro parisiense durante a preparação de uma peça incessantemente modificada pelo encenador, que acaba de recusar um importante prémio. A questão da representação, os jogos de palavras, a duplicidade de interpretação, o sentido de humor não imediato funcionam como elementos de delírio e caos. (A partir do texto da Cinemateca Portuguesa)

Comment devenir cinéaste sans se prendre la tête

Comment devenir cinéaste sans se prendre la tête resulta de uma encomenda da Arte, para “um serão temático” dedicado às escolas de cinema, em que Rozier foi desafiado a participar na qualidade de antigo estudante do IDHEC. Em resposta, filma a história de uma rapariguinha que quer ser cineasta contra a vontade dos pais, ou seja, propõe uma ficção ao invés de uma abordagem biográfica.(A partir do texto da Cinemateca Portuguesa)