Uma viagem virtual pelos sonhos e desejos de um grupo de adolescentes queer de Nova Iorque, uma Geração Z que vê o mundo com olhos diferentes e esperança no futuro. Um filme que ilustra a importância, e o poder, de encontrar uma comunidade.
Secção: Competição Nacional
Quer o classifiquemos como mockumentary ou curta-metragem pseudocumental, este filme é uma divertida viagem pelos últimos dias em cena do apresentador do programa de variedades da televisão açoriana “Meia Hora com Emanuel Raposo”.
Um filme que funciona como metáfora para a precariedade laboral de uma geração representada por três amigos. Um deles, que vai sobrevivendo com biscates, encontra Ivo, um amigo que parece completamente catatónico ou sonâmbulo. Começa, assim, uma saga para o ajudar.
Mãos a passear pelo musgo verdejante, pés que pisam troncos mortos e estaladiços, pedras reviradas em busca de latentes tesouros escondidos, um sapo cutucado até fugir. Este é o universo visual e sonoro de Dobra, mas a porta abre-se para que algo mais sombrio entre.
Resultado de uma colaboração ao longo de um ano entre Ana Vaz e dois estudantes de liceu, Vera Amaral e Mário Neto, este é um filme caleidoscópico sobre o que é olhar, ser olhado e sobre o potencial latente do cinema.
Composto por três capítulos e filmado ao longo de cinco anos, englobando diferentes formatos, Simon Chama lida com a resposta do protagonista ao divórcio dos pais e como esta molda o seu futuro.
Jack é Joaquim Calçada, antigo mecânico de aviões. Antes do 25 de Abril, emigrou para Nova Iorque, onde foi motorista de táxis. Volta uma figura, como Carmen Miranda cantava, “americanizada”, depois de vinte anos. É em Alhandra, Vila Franca de Xira que, a um passo da reforma, conta histórias do seu tempo nos Estados Unidos e de um percurso guiado pelo seu instinto de sobrevivência.
Duas colegas mais velhas aproveitam uma aula de Educação Física para experimentar, com alunos mais novos, um jogo que lhes dará uma lição para a vida: “separem-se ao longo de um campo, fiquem dentro das linhas dos vossos territórios individuais e veremos o que acontece”.
A primeira longa-metragem de Fern Silva é um filme-ensaio produzido no Havai, que mistura géneros cinematográficos que vão do documentário à animação, assim como temáticas que tocam a astronomia, a geologia e a etnografia. Ao explorar o que une o ser humano à natureza que o rodeia e ao cosmos que o alberga, este filme olha também para o impacto do colonialismo nessa mesma ilha
Uma investigação sobre vulnerabilidade e segurança, desafio e resistência, e figuras que ainda assombram as ruas da cidade.
Um documentário que passa tempo com Marion e Peter, um casal holandês que perdeu a sua quinta no fogo que arrasou Pedrógão Grande no verão de 2017. No rescaldo da catástrofe, tentam reconstruir o que podem, com o pouco que têm.
Um Quarto na Cidade é um jogo de referências e uma homenagem ao realizador Jacques Demy. É também uma oportunidade para os dois realizadores recordarem (o homónimo) Une chambre en ville e Les Parapluies de Cherbourg, de Demy, e a importância que estes filmes tiveram para eles.
Em Granary Squares, a nossa perspectiva é a da câmara de vigilância sobre um novo empreendimento em King’s Cross, Londres. Ao longo de uma hora, aproximamo-nos através dessa lente de uma série de momentos quotidianos vividos na praça, num zoom que se vai estreitando.
Um protagonista num limbo, com uma situação laboral precária, um poiso doméstico temporário. E uma faceta escondida da sua vida, que revela a poucos.
Um filme delicado, qual casa de bonecas, que mostra uma comovente ligação entre avó e neto e como ambos funcionam como o porto seguro um do outro — especialmente quando uma personagem marota tenta incutir-lhes alguns medos.
Uma casa grande onde decorre uma festa diurna. A câmara segue uma mulher cuja malaise começa a borbulhar à superfície, até chegar um momento de agitação que paralisa as festividades e que é ao mesmo tempo instigado, filmado e contido pelas diferentes pessoas presentes.
Fábio percorre as ruas da Mouraria com a tensão de alguém que tem de resolver um problema que não tem solução. Ao tentar saldar uma dívida com um cliente, vêm ao de cima sentimentos proibidos e oprimidos. E os problemas adensam-se.
Um filme dividido em dois momentos. Num deles, um jantar que dá azo à partilha de histórias de imigrantes em Lisboa, termina com Nina a lamentar o regresso ao país de origem para um trabalho. Noutro, uma resposta indesejada a esse lamento torna-se um pesadelo.