No CINEMA SÃO JORGE, às 14h45, na Sala 3, é exibido Mother Of Asphalt de Dalibor Matanic. Mare é jovem ainda, mas o seu casamento está a chegar ao fim e ela nem sabe como lhe dar o merecido descanso. Janko, o marido, está igualmente de mãos atadas, contudo, confrontado com a sua incapacidade de resolver a situação, acaba por agredi-la, obrigando-a a tomar finalmente uma decisão. Mare sai de casa e leva o filho consigo, ciente dos perigos que a esperam depois desse acto corajoso. Na mesma sala, às 16h30, passam as Curtas Premiadas no IndieLisboa’11.
Às 15h, na Sala 1, Mulberry St. de Abel Ferrara. Às 17h será exibido o Filme Vencedor do Prémio do Público: “Cleveland contre Wall Street” de Jean-Stéphane Bron. Às 18h45, há sessão IndieMusic, na Sala 3, com Musicbox Clubdocs: Linda Martini de Paulo Prazeres. Às 19h15, na Sala 1, Kaboom de Gregg Araki presenteia-nos com uma festa pop de cor a propósito da vida académica despreocupada e, às vezes sem querer, alucinogénica. Às 21h30, na Sala 3, será exibido o Filme Premiado Melhor Filme da Competição Nacional: “Linha Vermelha” de José Filipe Costa. Às 21h45, na Sala 1, Lemmy de Wes Orshoski e Greg Olliver volta a contar a história da extraordinária vida e carreira do pioneiro do heavy metal e ícone cultural Lemmy Kilmister, a força da natureza por trás da influente e duradoura banda Motorhead.
Na CULTURGEST, às 14h30, no Pequeno Auditório, podem ver ou rever Johnnie Got His Gun! de Yves Montmayeur. Às 16h, será novamente exibido no Grande Auditório o filme vencedor do Grande Prémio de Longa Metragem “Cidade de Lisboa”: “The Ballad of Genesis and Lady Jaye” de Marie Losier. Às 16h45, no Pequeno Auditório, a longa metragem The Myth Of The American Sleepover de David Robert Mitchell será exibida. Às 18h00, no Grande Auditório, La Définition D’une Chose En Soi de Antonia Carrara acompanha Eden de Daniel Blaufuks. Às 19h15, no Pequeno Auditório, regressa Robinson In Ruins de Patrick Keiller. Às 21h30, no Grande Auditório, Meek’s Cutoff, de Kelly Reichardt, é um filme de época, que tem a paisagem ferroviária do Oregon de 1845 como cenário. Às 21h45, no Pequeno Auditório, A Letter To Elia de Martin Scorsese e Kent Jones presta uma homenagem invulgar ao cineasta Elia Kazan, antecedida por Postface de Frédéric Moffet.
No TEATRO DO BAIRRO, o dia começa às 11h30, com sessão IndieJúnior. Às 15h, repete o Foco Cinema Emergente Le Fresnoy 3, com as curtas metragens Nous Irons À La Plage de Samer Najari, Vous Àtes Vous Déjà Fait Piquer Par Une Abeille Morte? de Jonathan Rubin, Visités de Clément Cogitore, Viril de Damien Manivel, Mademoiselle Else de Isabelle Prim e Cees de Viola Groenhart.
Às 17h15, Flooding With Love For The Kid de Zachary Oberzan ocupa o grande ecrã do Teatro do Bairro. Filmado, interpretado e editado por Zachary Oberzan, num apartamento em Manhattan, o filme é uma adaptação meticulosa do romance First Blood (Primeiro Sangue) de David Morell, mais conhecido como o filme que apresentou Sylvester Stallone ao mundo como Rambo. A história é a de um jovem veterano do Vietname que tenta levar a sua vida de uma forma pacífica, longe dos horrores e das memórias da guerra, mas é desafiado pelo chefe da polícia de uma cidade pequena e a brutalidade a que a luta pela sobrevivência e pelo restabelecimento da ordem obriga vão conduzi-lo de volta à retaliação. Neste caso, as paisagens da América rural são substituídas pelos 67 m2 de um estúdio improvisado, onde se confrontam várias personagens, fáceis de identificar e de ler.
Às 19h30, a curta metragem Chef D’oeuvre de Luc Moullet abre a sessão que mostra En Compagnie D’Eric Rohmer de Marie Rivière. Às 21h30, Rubber de Quentin Dupieux é um filme de terror, no mínimo. Dupieux desafia aqui o conceito de série B, com um sentido de humor que, sem dispensar a ironia, elabora um comentário sobre cinema e realização, fazendo referência a clássicos como Psycho ou filmando o deserto não muito longe de um Gerry de Gus Van Sant. A fotografia e a composição provam um exercício de mérito, com banda sonora de Mr. Oizo, pseudónimo musical de Dupieux, e Gaspard Augé.
Imagem: Mother Of Asphalt