A animação colorida de Isabel Aboim Inglez tem uma origem, quadro a quadro, ou frame a frame, se preferirem, na complexa montagem do cinema das cenas breves. As tardes infantis (antes da electrónica e dos telemóveis) eram assim. Uma colina de revistas ‘Condor’, um batalhão de cowboys, do lado de lá, outro, de índios ávidos de setas e de sangue. Um gira-discos portátil a tocar Ennio Morricone. Ou melhor ‘Western Spaghetti’ (‘Murdering the Classics’).