O mais recente filme de Teresa Villaverde, estreado na competição oficial do último Festival de Berlim, retrata uma família em desintegração, por acção da crise económica. O pai (João Pedro Vaz) perdeu o emprego e é a mãe (Beatriz Batarda) que sustenta a casa. Colo é um filme silencioso sobre a solidão e acompanha, paralelamente, a filha adolescente (Alice Albergaria Borges), que tenta encontrar o seu caminho por entre as novas limitações financeiras. Fugindo à estagnação e procurando um caminho em frente, esta é uma serena reflexão sobre a falência do modelo social europeu e das expectativas goradas de uma geração desamparada. Um filme, sempre à beira de explodir, que nos recorda do direito fun- damental à felicidade.