A La Fémis, antiga IDHEC, é um acrónimo para Fondation européenne des métiers de l’image et du son. Trata-se da escola parisiense de imagem e som de onde surgiram muitos dos principais obreiros do cinema moderno. Este programa de curtas-metragens reúne os exercícios filmados de alguns dos estudantes mais ilustres da escola.
A sessão La Fémis 1 – História do Cinema (20 de Abril, quarta-feira, às 21h45, Culturgest) arranca com muitos pesos-pesados do cinema europeu dos últimos 60 anos. Louis Malle (Crazealogie), o português Ruy Guerra (Quand le soleil dort), o holandês Johan van der Keuken (Du bruit), Jean-Michel Carre (Liberte Jean), Olivier Ducastel (Le goût de plaire) e, um nome habitual das programações IndieLisboa, Claire Denis (Le 15 mai).
Para ainda maiores descobertas, o IndieLisboa programa a sessão La Fémis 2 – Uma Nova Geração (Parte I) (1 de Maio, domingo, às 19h00, Culturgest), que inclui jovens promessas da realização e interpretação dos idos anos 1980 e 1990. François Ozon, o realizador conhecido dos portugueses por filmes como Le temps qui reste (IndieLisboa 2006) ou Ricky (IndieLisboa 2009), fez para a La Fémis em 1994 Une rose entre nous. Marina De Van, também colaboradora de Ozon como actriz, aparece com o filme Bien sur tout rapports. Emmanuel Mouret, com hoje uma carreira igualmente dividida entre realização e interpretação, estreou-se com Caresse. Noémie Lvovsky, cara conhecida sobretudo pelo seu trabalho como actriz e colaboradora de Valeria Bruni Tedeschi, assina Dis – moi oui, dis-moi non. A realizadora americana, nascida na Islândia, Solveig Anspach faz a sua primeira obra Par amour. Por sua vez, Un sovenir de soleil é realizado por Laetitia Masson, cineasta a descobrir, e conta uma história de amor “entre pinturas”.
Na sessão La Fémis 3 – Uma Nova Geração (Parte II) (1 de Maio, domingo, às 21h45, Culturgest), destaca-se Sans toi, primeiro filme do chinês radicado em Paris Hu Wei, cujo Butter Lamp (IndieLisboa 2015) foi nomeado para o Óscar. Esta é uma oportunidade também para ver Forbach da realizadora Claire Burger, que em 2014 recebeu por Party Girl a Câmara de Ouro no Festival de Cannes, distinção atribuída à melhor primeira longa metragem em competição. Emmanuelle Bercot, realizadora e actriz (que trabalhou com realizadores como Olivier Assayas, Benoît Jacquot e Bertrand Tavernier), mostra Les vacances e com Sobresausts descobrem-se as origens da realizadora franco-tunisina Leyla Bouzid, que traz a este IndieLisboa a antecipada longa metragem sobre a “Primavera Tunisina” À peine j’ouvre les yeux (secção Silvestre). Oriundo do meio televisivo, Samuel Collardey, realizador e director de fotografia, conta em Du soleil en hiver (Grande Prémio de Curta Metragem – IndieLisboa 2006) a história da amizade entre um agricultor e o seu aprendiz.