Laurel Canyon: A Place in Time

In mid-late 1960s and early 1970s, Laurel Canyon was the epicentre of the counterculture. Many musical events took place there and many rock stars lived at that place. Alison Ellwood’s documentary uses rare videos, outtakes, demos and photos in order to pull the curtain on that mythical period, make us go back in time and explore the stories of musicians like Mamas and the Papas, Bob Dylan, Joni Mitchell, The Doors or Frank Zappa.

Somewhat bigger than a neighborhood and smaller than a city. It watched closely the Los Angeles metropolis, but the orography and the surrounding nature acted as a protection from it. In the 1960s, Laurel Caynon was one of the epicenters of the musical American counterculture that defined the decade. Impressive as it may seem, it seemed everyone found a home, shelter and inspiration there: The Mamas And The Papas, The Doors, Love, Franz Zappa, Joni Mitchell, The Monkees, Neil Young and Stephen Stills’ Buffalo Springfield, Gene Clark and David Crosby’s Byrds – therefore, also Crosby, Stills & Nash. Them and those who came, guided by them, which could be The Beatles, Bob Dylan or Dennis Hopper. 

“Laurel Canyon: A Place In Time” tells us, as the title goes, the story of a time and a place. Someone calls it “the garden of Eden”, but this is a garden made of electric sounds and the ambition to create in those mountain houses a new reality – free, creative and brotherly. Then came Charles Manson, time passed by, success corrupted brotherhood and youth experienced an heads-on collision with life outside that idyllic bubble. The fascinating and inspiring Laurel Canyon was inevitably doomed to fail, but that, in fact, only adds to the romanticism of the echo we still hear calling from the distance. (Mário Lopes)

O Bacio do Hipopótamo

O hipopótamo descobre que tem um rabiosque bem grande. Os animais vêm da savana para o ver e dar a sua opinião. Mas como ninguém está de acordo, começa uma batalha de frutos podres. Tudo termina bem e cada rabinho encontra um bacio à medida. 

 

Os Cinco Desajustados

Era uma vez cinco desajustados. O primeiro estava cheio de buracos. O segundo todo dobrado em dois, como uma carta. O terceiro era mole e dormia sem parar. O quarto era ao contrário, mãos no chão e pés no ar. E o quinto não se aproveitava nada, uma bola bizarra.

 

Flores de Papel

Como são floridas as memórias da nossa infância. Dois irmãos, já crescidos, entram numa casa cheia de detalhes de antigamente. As cores, os cheiros, as flores do papel de parede, tudo recordações de felicidade.

 

Os Pássaros

Um motorista de camionete chega ao fim de uma estrada e abre a porta traseira do seu camião. De lá saem a voar um bando de pássaros. Todos menos um, pequeno e tímido, que parece não ter muita vontade de partir… 

 

Liberian Boy

Um rapaz dança e imita Michael Jackson perante a música electrónica de Wilbert Gavin. Improvisação, libertação e energia.

 

Mandabi

A Senegalese middle-aged man, unemployed, lives with his two wives and kids in Dakar. When he receives a money order from his son, working in Paris, bureaucratic problems arise in order to cash the money. Sembène turns his attention, for the first time, to the corruption of daily life in his country, fulfilling his dream to direct a film entirely spoken in his Wolof language. Despite censorship, the film received the international critics’ prize in Venice.

Meine Liebe

Uma rapariga compra um tomateiro. Cola-o num vaso grande demais e o tomateiro deprime-se. Acaba por dar apenas um tomatinho, mas é tempo de dizer adeus. Adeus tomatinho, até qualquer dia.

A vida simples de um tomateiro que finalmente cumpriu a sua missão. De toda a atenção que lhe foi dedicada nasceu um tomate – um único fruto. Toda a energia foi consumida na gestação daquela vida e chegou altura de a colher e pôr fim a uma esperança de uberdade. (Margarida Moz)

 

Mesa

Um grupo grande de pessoas reúne-se à volta de uma mesa para uma refeição. Não se percebe se são uma família ou amigos. A comida é servida sob um ambiente ruidoso, quase circense. Ao longo da refeição descobrimos as várias figuras do grupo, ouvimos as suas conversas e adivinhamos ligações entre elas.
Fazem-se brindes e cantam-se os parabéns. A dada altura já há quem durma, quem leia, quem namore. O ambiente vai-se fragmentando cada vez mais. No final sobra apenas loiça suja e silêncio.

Estar à mesa é uma necessidade de muitos. Mas descrever uma vida toda através de uma mesa é bem mais complicado. Fazenda, mais conhecido pelo seu trabalho na ilustração, mostra que é possível fazê-lo de forma vigorosa. Sem diálogos e com uma qualidade cromática minimal, o filme aposta no design sonoro de Philippe Lenzini, criando-se atmosferas para dar atenção às múltiplas histórias provocadas pela animação de Fazenda e que se acumulam à volta desta “Mesa”. (Miguel Valverde)

 

Monangambeee

Sarah Maldoror, cineasta maior da causa da libertação africana, assina aqui o seu primeiro filme. A denúncia da tortura no colonialismo português em Angola, bastando uma palavra com significado desconhecido para dar origem à violência.

 

Moolaadé

O último filme de Sembène e segundo de uma planeada trilogia sobre o heroísmo da mulher africana. Numa pequena vila senegalesa, Collé Ardo, a segunda mulher de um próspero agricultor, prepara o casamento de sua filha. Eis que resolve acolher quatro meninas que procuram refúgio na sua casa para escapar ao ritual de “purificação”, que consiste na sua excisão genital. Tal atitude inicia um conflito que divide irremediavelmente os membros da sua comunidade.

 

Moving

Quem vive nas grandes cidades vai perceber o drama. Uma jovem tem uma tarefa sisífica pela frente: carregar um colchão escada acima para o seu apartamento. Quase sem palavras e filmada em 16mm, esta comédia física é também uma homenagem à cidade de Nova Iorque. 

Há uma mão cheia de filmes cuja representação de um experiência verdadeiramente nova iorquina inclui um exemplo de urinação em público: Kids, Frances Ha e, também, Moving. Mas a quintessência que este filme captura é bem mais abrangente e uma ilustração de como qualquer mudança – material ou emocional – é tão mais difícil quando solitária. Mesmo se o gesto for tão singelo como puxar um colchão escadas acima, se o consegues fazer em Nova Iorque, “you can make it anywhere”. (Ana Cabral Martins)

 

My Galactic Twin Galaction

Quantos e-mails recebemos como spam e vai-se a ver são missivas que nos informam de problemas maléficos na nossa galáxia vizinha? Quantos e-mails nos dizem que temos um gémeo galáctico que nos chama para o ajudarmos? Svirsky regressa ao IndieLisboa (Lavo, 2019).

Um dia Sasha Svirsky recebe um email do seu irmão gémeo galáctico Galaction a pedir ajuda na luta contra o mal numa galáxia vizinha. Primeiro pensa que é spam. Depois começa a aventura. Uma animação genial e divertida, feita de explosões de cor e um rigoroso caos de imagens e de ritmo. Sete minutos de puro prazer. Chegarão para salvar o mundo? (Carlota Gonçalves)

 

Nestor

Nestor é um homem que sofre de um distúrbio obsessivo compulsivo, relacionado com o posicionamento dos objectos à sua volta. Por infelicidade vive numa casa-barco onde a oscilação e instabilidade é a norma.

 

Niaye

Inspirado em factos reais, Niaye narra através de um griot – um contador de histórias africano – o caso de uma jovem cuja inesperada gravidez vem escandalizar a comunidade e agitar os valores tradicionais de uma pequena vila senegalesa.
Este filme não é falado e nem legendado em inglês.

No, I Don’t Want to Dance!

A dança é uma forma criativa e saudável de nos expressarmos através do corpo. Ou talvez não. Esta deliciosa animação de Vinciguerra mostra a dança como um perigo quotidiano. Há momentos em devemos dizer: “não, eu não quero dançar!”

 

Estrada para o Céu

Os espaços em que vivemos e os espaços em que imaginamos viver. Uma mãe e um filho habitando juntos num apartamento da cidade. Mas cada um na sua paisagem: uma ida aos píncaros da terra via google; um veado em perigo; o que fazer? 

 

Faat Kiné

Quase uma década após o seu último filme, Sembène assina o que seria o primeiro volume de uma planeada trilogia sobre o heroísmo quotidiano da mulher africana. Faat Kiné é mãe solteira numa Dakar moderna, plena de contradições e aspirações de mudança. Vive com os seus dois filhos, de dois ex-maridos, tendo de lidar não apenas com a pressão social da sua condição, mas também lutar pelas suas aspirações profissionais num mundo dominado pela condição patriarcal.

Este filme não é falado e nem legendado em inglês.