Institute Above-Ground

“Institut Above Ground” traz-nos os projectos rurais de uma arquitectura visionária na Cuba pós-revolucionária.

O.T.

Em “O.T.”, uma limpa paisagem montanhosa vê-se cortada pelo movimento humano.

La Sapienza

Eugène Green e a cultura portuguesa desenvolveram uma relação mútua que serve de inspiração para o realizador francês. Para além de “A Religiosa Portuguesa” (2010), estreado e produzido por O Som e a Fúria, o IndieLisboa tem sido uma via privilegiada para conhecer a sua obra (“Le monde vivant”, 2004; “Le pont des arts”, 2005; “Les signes”, 2007). “La Sapienza” não é apenas uma viagem à herança artística e arquitectónica barroca italiana – é uma reflexão sobre a importância da sapiência para a reconciliação humana em contexto de conflito e para a sua elevação num tempo de crise. Ou como o amor e a sua luz servem de salvação para a humanidade.

Panchrome I, II, III

T. Maria, em “Panchrome I, II, III”, cria um trabalho de experimentação, a partir de três quadros de píxeis, que chama pelo poder transcendente dos nossos olhares.

Le paradis

Com a sua pequena câmara digital, Alain Cavalier encontrou o paraíso na terra. Um realizador que sonha ao filmar a natureza e encontra, na dimensão do real, as pontes para a transcendência, a infância, e uma hipótese de futuro na passagem das estações. Ou seja: a felicidade. Depois do objecto político de “Pater” (2011), Cavalier regressa ao modo filmeur para uma das suas obras mais luminosas: por estar consciente do privilégio de viver, apesar da proximidade com a morte, por colocar tudo o que filma ao mesmo nível do seu olhar, tanto o que é frívolo como da maior importância. E porque no paraíso, todos somos iguais perante a luz daquilo que vive.

Mercuriales

Duas torres gémeas erguem-se nos arredores de Paris perante a passagem quotidiana de milhares de carros e pessoas em círculos de auto-estradas da paisagem urbana. No topo, duas raparigas de duas extremidades da Europa conhecem-se num lugar onde salas e corredores têm nomes de deuses mitológicos. “Mercuriales”, o nome dessas torres e da segunda longa metragem de Virgil Vernier (cujos “Orléans” e “Andorre” foram exibidos no IndieLisboa 2013 e 2014, respectivamente), é o encontro mágico dos 16mm com uma fábula sobre o sistema económico europeu, as ruínas da sua história política, e os desejos das personagens, verdadeiras ou mitológicas, que nelas vivem.

Queen of Earth

Para além da estreia em Competição Internacional de “Listen Up Philip”, Alex Ross Perry também está presente na secção Silvestre com a sua quarta longa: “Queen of Earth”. Um filme rodado com a mesma actriz (Elizabeth Moss), a quem se junta Katherine Waterston (“Inherent Vice”) e um curto elenco. Entre as duas actrizes, a câmara de Sean Price Williams faz e refaz os nós de uma crescente neurose entre duas amigas no espaço de uma casa de férias. Um thriller emocional que ecoa os caminhos traçados por Bergman em “Persona” ou a paranóia dos interiores de Polanski em “Rosemary’s Baby”.

Ritual for a Relict

“Ritual of a Relict” é um ensaio sobre o caminhos das ruínas do mar Báltico pelo artista Alexander Glandien.

Mar

O mar é o sítio onde nos desejamos perder de vista: deixar a cidade e, com ela, os seus problemas e situações. Por vezes, para onde vamos com alguém para amá-la de novo no tempo das férias e da ausência de notícias do mundo. Mas o espaço vazio desse tempo é também um teste: à relação que temos, ao sufoco familiar, ou àquilo que deixámos na cidade para perder essa vista. E vermos, num ápice, as rupturas caírem como os raios de uma tempestade sobre a água do mar. “Mar” é também um nome de personagem no filme de Dominga Sotomayor, uma das autores mais promissoras do cinema sul-americano (vencedora da Competição Internacional do IndieLisboa 2012 com “De jueves a domingo”).

My BBY 8L3W

“MY BBY 8L3W” desafia também os níveis de intimidade – na apresentação de animais de estimação, na Internet, pelas suas donas.

San Siro

“San Siro” conduz-nos por todos os passos de um outro inferno: a preparação de um jogo no mítico estádio de futebol italiano.

Salers

Um trabalho sobre a película e sua matéria servem revisitar, pela memória, a cidade de “Salers”, em França, durante a ocupação nazi.

Small People with Hats

Sarina Hei oferece um conto surrealista sobre um mundo onde se dividem pessoas com e sem chapéus.

Take What You Can Carry

“Take What You Can Carry” é o mais recente filme do autor de “I Used to Be Darker” (IndieLisboa 2013), com a participação de Hannah Gross (“Christmas, Again”, em Competição Internacional) e da realizadora Angela Schanelec.

The Mad Half Hour

“The Mad Half Hour” fala-nos de uma tempestade interior: as dúvidas existenciais de um jovem casal de Buenos Aires.

This Is Cosmos

“This is cosmos” segue as ideias do filósofo russo Nikolai Fedorov para um ensaio sobre a vida e o universo.

8 balles

“8 Balles”: a memória e os cheiros deixados no sobrevivente de um crime familiar numa terra longe de casa.