Super Taboo

Inspirado por um livro pornográfico dos anos 80, Super Taboo transforma uma orgia na floresta num elegante tableau vivant de cores pop onde os fluidos reluzem e a imaginação adolescente ganha corpo.

T.R.A.P

Um grupo de cavaleiros medievais procuram um túmulo nas margens do Rio de la Plata para proceder a um exorcismo, mas nos tempos mortos vão descobrir coisas muito mais interessantes: T.R.A.P é uma história neo-romântica contra os estereótipos.

The Fall of Lenin

Enquanto se debate a demolição das estátuas dos generais separatistas nos EUA, na Ucrânia, desde 2015, todos os símbolos comunistas foram banidos e dezenas de estátuas de Lenine foram arrancadas: The Fall of Lenin olha este processo a partir de imagens de arquivo.

Sollers Point

Matthew Porterfield é um realizador que o IndieLisboa vem acompanhando: em 2010 exibiu em competição Putty Hill, depois disso a longa I Used to Be Darker e a curta Take What You Can Carry. Sollers Point, a quarta longa do realizador, retrata Keith que, com 24 anos, sai da prisão e tenta recompor-se (apesar dos demónios do seu passado o rondarem constantemente). Protagonizado pelo jovem actor em ascensão McCaul Lombardi (American Honey e Patti Cake$), este é um filme onde a violência latente é sintoma de uma comunidade devastada pelo desemprego, pela droga e pela segregação.

Personal Truth

Charlie Lyne (o realizador das longas Beyond Clueless e Fear Itself, IndieLisboa 2015 e 2016) desenvolve, em Personal Truth, uma extraordinária reflexão sobre as fake news e choque entre fé e facto, a partir do mediático caso pizzagate.

Playing Men

Quando a nossa sociedade começa a colocar um ponto final nos modos da masculinidade tóxica, o realizador esloveno Matjaž Ivanišin questiona-se, em Playing Men, sobre o que é isso de ser homem. O centro da sua investigação, os jogos como espaço de encenação de uma identidade. Da luta-livre ao jogo da sardinha, esta é uma investigação que parte de memórias pessoais para decompor todas as fachadas esculpidas a testosterona que andam por aí. E nenhuma pedra fica por virar: todos os gestos são postos em causa. E de uma crise criativa surge um canto de cisne ao que nos une enquanto humanos.

Readers

O cinema estruturalista de James Benning é já conhecido dos espectadores do IndieLisboa. Ruhr foi exibido em 2010ao que se seguiu o documentário Double Play: James Benning and Richard Linklater. Em Readers, o realizador norte-americano filma alguns dos seus amigos a ler, em silêncio. Quatro amigos, quatro planos, quatro livros, quatro citações. É simples, e no entanto é uma das mais potentes experiências de cinema. Um olhar que transforma cada gesto, cada pausa e cada respiração num monumento. Um filme que nos oferece o tempo do real como só o cinema é capaz.

Painting With Joan

Depois do filme pornográfico-ecológico Hot Winter (IndieLisboa 2017), Jack Henry Robbins apresenta, em Painting with Joan, uma divertida revisitação feminista dos tutoriais de pintura da televisão dos anos 80.

Les sept déserteurs ou la guerre en vrac

Após o sucesso da retrospectiva dedicada à obra de Paul Vecchiali o ano passado, o nosso Herói Independente regressa ao festival com dois filmes, rodados em simultâneo, com a mesma equipa técnica e artística: Les sept déserteurs e Train de vies. O seu cinema faz-se da mistura provocadora dos diferentes géneros. Em Les sept déserteurs, temos o mais alegre e luminoso olhar sobre o filme de guerra. Longe do campo de batalha, é num pacífico bosque que quatro homens e três mulheres (que incluem o anarquista, o homossexual, o aristocrata, a freira e a servente) se encontram. E desse encontro nasce uma poética reflexão sobre a paz.

Living in the Past

O novo filme de um dos mais importantes cineastas experimentais contemporâneos, Dirk de Bruyn, é Living in the Past, onde imagens estereoscópicas dos anos 20 ganham vida através de uma instabilidade formal e política.

Orogenesis

Orogenesis leva-nos numa viagem abstracta por circunvoluções montanhosas, numa experimental animação digital feita do concreto da rocha e do hipnótico do pixel.

Jodilerks Dela Cruz, Employee of the Month

Das Filipinas, Carlo Francisco Manatad (Fatima Marie Torres, IndieLisboa 2017) oferece-nos uma história de revolta e empoderamento feminino no espaço de uma bomba de combustível onde uma mulher (Jodilerks) cumpre o seu último dia de trabalho.

Investigations of a Dog

A realizadora polaca Aleksandra Niemczyk (Centaur, IndieLisboa 2016) regressa ao festival com Investigations of a Dog, uma invulgar reinterpretação do homónimo conto de Franz Kafka onde se remata a solidão, nem que seja por uns instantes.

Fluid Frontiers

O quinto e último tomo da série do realizador Ephraim Asili sobre a diáspora africana, Fluid Frontiers, explora conceitos como resistência e libertação a partir das margens do rio Detroit e de poemas das históricas publicações da Broadside Press.

Four Parts of a Folding Screen

Partindo de documentos oficiais que registam a acção do regime Nazi, descobrimos o modo como uma mulher (da qual nunca conhecemos o nome) se viu separada do marido, expatriada, expropriada e obrigada a fugir do seu país. Um processo de desumanização paulatinamente burocrático e exaustivo. Four Parts of a Folding Screen dá um novo sentido à expressão “filme de arquivo”, percorrendo a Berlim de hoje no rasto dos locais (muitos deles desaparecidos) e dos objectos aos quais os documentos fazem referência. Porque debaixo de uma aparência pacificada persiste um legado de injustiças.

Grass

Desde a última vez que o IndieLisboa exibiu um filme de Hong Sang-soo (Nugu-ui ttal-do anin Haewon, em 2014), o realizador sul coreano tornou-se muito popular. As suas comédias tristes, embebidas em soju,descobriram o público internacional e a sua prolífica produção (quatro longas no último ano) ajudaram essa visibilidade. Grass é uma comédia de enganos à mesa de um café de Seul: os casais fazem-se e refazem-se ao ritmo do olhar da protagonista – interpretada pela musa do realizador, Kim Min-hee – que sentada a um canto observa o que se vai passando. Uma deliciosa farsa sobre os caminhos tortuosos do amor.

Braguino

Clément Cogitore (Visités e Bielutine, dans le jardin du temps, IndieLisboa 2011 e 2012) é um dos nomes mais sólidos do novo documentário francês: Braguino é uma íntima aproximação a uma comunidade siberiana onde as únicas duas famílias presentes se detestam.

3 Peonies

3 Peonies é um breve poema visual, filmado em 16mm, onde um gesto revela o humor na interacção entre diferentes materialidades e cores.