”
Truffaut tinha como um dos seus temas a reflexão sobre a natureza da educação. Podemos constatar isso em filmes como Les 400 Coups ou Farenheit 451, como também nesta adaptação das memórias científicas de Jean Itard, um médico francês que, em 1798, encontrou numa floresta um menino de 12 anos – o “menino selvagem” – que havia estado até aí separado da civilização. Truffaut encarna o médico, o mestre, o pai Itard, nesse difícil processo educativo.
“
A obra de De Bernardi (Elettra, IndieLisboa 2018) vai beber sobretudo à literatura, música e também ao cinema experimental americano dos anos 70. Neste seu novo filme, o tempo estende-se desde setembro de 2012, em Nápoles, até 2019. Um conjunto de actores foi lendo, ao longo dos anos, o último romance de Tolstói, Ressurreição. Não só mudam os espaços de Turim, Milão, Berlim, como alguns dos artistas, entretanto falecidos, ressuscitados pelo cinema.
Nos anos cinquenta existiam quase quatro centenas de livrarias em Nova Iorque. Hoje subsistem menos de cem. D.W. Young retrata o negócio de livros raros na cidade, num momento de viragem. Das lojas antigas e seus clichés – homens de tweed, ávidos leitores entre pilhas de livros -, e as lojas mais modernas, com livreiros jovens, cheios de ideias que pressupõem uma interacção mais presente com a comunidade.
O aparecimento de Bruno Aleixo, o ursinho rezingão com cara de mau (juntamente com os seus amigos, Busto, Renato ou o Homem do Bussaco), no panorama do humor português, não deixou pedra sobre pedra. A sua primeira aparição foi nesta série de curtos vídeos publicados na internet em que Bruno, numa alusão a António Aleixo, Este Livro Que Vos Deixo, dá conselhos sobre xixi, drogados ou roupa de dormir.
Desculpe, este conteúdo só está disponível em Inglês (Eua).
)
O aparecimento de Bruno Aleixo, o ursinho rezingão com cara de mau (juntamente com os seus amigos, Busto, Renato ou o Homem do Bussaco), no panorama do humor português, não deixou pedra sobre pedra. A sua primeira aparição foi nesta série de curtos vídeos publicados na internet em que Bruno, numa alusão a António Aleixo, Este Livro Que Vos Deixo, dá conselhos sobre xixi, drogados ou roupa de dormir.
O aparecimento de Bruno Aleixo, o ursinho rezingão com cara de mau (juntamente com os seus amigos, Busto, Renato ou o Homem do Bussaco), no panorama do humor português, não deixou pedra sobre pedra. A sua primeira aparição foi nesta série de curtos vídeos publicados na internet em que Bruno, numa alusão a António Aleixo, Este Livro Que Vos Deixo, dá conselhos sobre xixi, drogados ou roupa de dormir.
Quanto tempo leva a ler uma página de Ulisses, de James Joyce? E de carro, quantas páginas por quilómetro? Os trabalhos de Buchert juntam o humor, a literatura e reflexão crítica. Tal como acontece neste 858 Pages Au Sud, no qual, evocando a morte do pai há mais de vinte anos, procura bater um velho record dele que envolve a leitura do clássico do escritor irlandês, uma caravana e uma viagem-performance literária a caminho do sul da Europa.
Este filme não é falado e nem legendado em inglês.
A 5ª longa metragem de Felipe Bragança (Tragam-me a Cabeça de Carmen M., co-realizado com Catarina Wallenstein, IndieLisboa 2019) procura perceber que arte é possível a partir dos fantasmas contraditórios que assombram a identidade brasileira. Co-produzido pela produtora Som e a Fúria, e com a colaboração de João Nicolau no argumento, o filme acompanha Fernando, um falido cineasta brasileiro, e a viagem de aventuras e milagres em busca de suas memórias.
No universo cinematográfico de Carlos Conceição o maravilhoso não é mundo à parte da realidade. Complementam-se, sacrificam-se um pelo outro. Um irmão ajuda uma irmã a morrer feliz. O conto de fadas é também um conto de fodas e máscaras de oxigénio.
Inspirado no Cântico do Irmão Sol ou Cântico das Criaturas, que São Francisco de Assis escreve em 1224, esta curta de Miguel Gomes reactiva o seu alcance. Na cidade de Assis em 2005 e na lembrança do louvor das pequenas criaturas a um santo desmemoriado. )
Após uma longa carreira como actriz de cinema, Buisel estreou-se em 2017 na realização com Quantas Vezes Tem Sonhado Comigo? (IndieLisboa 2018). Agora adapta novamente Fernando Pessoa, um conto sobre uma mulher corcunda que escreve uma carta ao seu amor.
O compositor islandês Jóhann Jóhannsson, autor de bandas sonoras inesquecíveis como as de Sicario (2015) ou Arrival (2016), trabalhava na sua primeira longa-metragem quando nos deixou precocemente em 2018. Filmado em 16mm, a preto e branco, Jóhannsson imaginou um mundo futurista, solitário e belo, no qual a raça humana dá lugar aos monumentos da sua presença. Narrado pela actriz Tilda Swinton, esta é uma singular e kubrickiana viagem visual e sonora.
Nos últimos anos, Anabela Moreira e João Canijo têm documentado, em várias obras, as terras do Norte e do centro português (Portugal – Um Dia de Cada Vez, 2015; Diário das Beiras, 2017). Este seu mais recente filme é rodado em Castro Laboreiro, terra mais a norte de Portugal, onde se observa o quotidiano dos seus habitantes e a presença ensombrada dos lobos que saem dos covis para atacar as suas presas. À terra chamam-lhe o buraco do fim do mundo.
O filme que encerra a denominada “tetralogia dos amores frustrados”, filmado a partir do romance Fanny Owen de Agustina Bessa Luís, representou o início de um segundo fôlego para a carreira do mestre Manoel de Oliveira. Ele narra os amores e disputas, vagamente reais, vagamente míticos, em particular de José Augusto (Diogo Dória) e Camilo Castelo Branco (Mário Barroso) pela bela Francisca/Fanny (Teresa Menezes). Apresentado aqui numa cópia restaurada.
Os documentários Herdeiros de Saramago, da autoria de Carlos Vaz Marques, são dedicados aos escritores que venceram o prémio Saramago criado em 1999. Nesta sessão poderemos ver quatro deles, sobre a carreira e vida de João Tordo, Adriana Lisboa, Paulo José Miranda e Ondjaki. O olhar delicado e atento ao detalhe de realização de Graça Castanheira permite-nos entrar no quotidiano dos artistas, e viajar das palavras escritas às palavras ditas.
Este filme não é falado e nem legendado em inglês.
Os documentários Herdeiros de Saramago, da autoria de Carlos Vaz Marques, são dedicados aos escritores que venceram o prémio Saramago criado em 1999. Nesta sessão poderemos ver quatro deles, sobre a carreira e vida de João Tordo, Adriana Lisboa, Paulo José Miranda e Ondjaki. O olhar delicado e atento ao detalhe de realização de Graça Castanheira permite-nos entrar no quotidiano dos artistas, e viajar das palavras escritas às palavras ditas.
Este filme não é falado e nem legendado em inglês.