Quase uma década após o seu último filme, Sembène assina o que seria o primeiro volume de uma planeada trilogia sobre o heroísmo quotidiano da mulher africana. Faat Kiné é mãe solteira numa Dakar moderna, plena de contradições e aspirações de mudança. Vive com os seus dois filhos, de dois ex-maridos, tendo de lidar não apenas com a pressão social da sua condição, mas também lutar pelas suas aspirações profissionais num mundo dominado pela condição patriarcal.
Este filme não é falado e nem legendado em inglês.
Talvez a grande obra-prima de Ousmane Sembène e o grito mais intenso de condenação das injustiças do colonialismo. No rescaldo da 2ª Guerra Mundial, os soldados senegaleses regressam da Europa e, antes do retorno a casa, são colocados no acampamento militar de Thiaroye. Perante as más condições de acomodação e a redução de pagamento, os soldados revoltam-se e são massacrados às mãos do exército francês. Vencedor do prémio especial do Júri em Veneza.
Este filme não é falado e nem legendado em inglês.
Ceddo é o nome dado aos últimos detentores do espiritualismo africano antes da chegada do islamismo e cristianismo. Numa aldeia senegalesa do séc. XVII, o rei Demba War cede às pressões do líder islâmico e os ceddo raptam a sua filha para prevenir a conversão forçada à nova religião. Este “micro épico”, como foi apelidado, foi à época censurado e conta-se que Sembène distribuía, à saída dos cinemas, panfletos que descreviam as cenas removidas.
Este filme não é falado e nem legendado em inglês.
O casal de cineastas, fundadores do colectivo militante Class Cinema Collective, analisa neste filme-ensaio, o papel da imprensa na ditadura espanhola nos anos 70. Uma luta pelo controlo da informação e a necessidade de procura de fontes fidedignas.
Este filme não é falado e nem legendado em inglês.
Após acusação de uma tentativa de assassinato, Eldrige Cleaver, militante do movimento Black Panther Party, exila-se na Argélia. O realizador e fotógrafo William Klein fará aqui o retrato de um homem multifacetado, escutando o seu discurso ativista sobre a revolução, a luta na América, os seus rivais políticos, como Nixon ou Reagan. Mas esta é também uma obra além da ideologia, o retrato de um revolucionário romântico, num exílio lírico e comovente.
Foi quando estava a estudar cinema na Universidade da Califórnia, que Luart e alguns colegas também estudantes fizeram este documentário. No centro do filme, a filósofa Angela Davis, nome importante ligado ao partido comunista americano, aos Black Panthers e ativista pelos direitos das mulheres e contra a discriminação racial. Seguindo a sua dimensão privada e carreira política, este retrato tornou-se num exemplo de verdadeiro manifesto revolucionário.