Desapareceu uma rapariga de 18 anos, Joy. A outra rapariga, Helen, é pedido que a interprete numa reconstrução policial que siga o rasto dos últimos movimentos conhecidos de Joy. Joy tinha tudo. Uma família adorável, um namorado, um futuro brilhante. Orfã, Helen passou toda a vida em instituições e nunca se aproximou de ninguém. A pouco e pouco, Helen mergulha no papel, visitando pessoas e lugares que Joy conhecia. Cuidadosa e tranquilamente insinua-se na vida da rapariga perdida. Está Helen a tentar descobrir o que aconteceu a Joy no dia fatídico, ou à procura da sua própria identidade?
Secção: Laboratório
Please don’t think I’m weak, I couldn’t turn the other cheek. Uma mulher irlandesa interpreta um tema de Kenny Rogers.
Uma mulher aluga um quarto minúsculo e miserável. À sua volta, pilhas de objectos pertencentes ao anterior inquilino, Anthony, o nome que escuta nas várias mensagens que o atendedor de chamadas registou. Enquanto arruma a casa, começa a ter visões perturbadoras, pesadelos, e a sensação de que Anthony está mais próximo do que ela imaginara. Enquanto o terror se entranha na sua pele, ela limpa religiosamente o quarto, veste um velho conjunto de lingerie, e faz um pudim. E uma imagem persegue-a: uma mulher sai de dentro de um frigorífico, rasteja pelo chão, abre uma conduta de ventilação de onde retira um corpo morto. É o seu próprio corpo.
Na costa ártica, sob uma calma tão absoluta que até a água ondula como óleo, uma respiração profunda eleva-se. Fora do tempo e do mundo humano, há morsas que dormem. O seu sono é tão pesado que nem a aproximação de uma embarcação as perturba.
Um teste visual dirigido ao espectador: found footage e a banda sonora de um filme soft-porno italiano. Cada sequência de imagens está sincronizada com a música. As imagens do filme ilustram actos de percepção ocular e imagens de forte impacto visual.
Uma meditação sobre o género, a natureza efémera do desejo e a importância de estar vivo. Textos ditos como se fossem entradas de um diário íntimo, e conduzidos por uma voz embriagante. As ruas de São Francisco e as histórias que a cidade esconde. Um filme sobre paisagens, físicas e emocionais.
1938. É primavera. Nas montanhas do Norte do Chile um estranho objecto, mais tarde baptizado de Esfera Chilena, cai dos céus. Algumas décadas depois, uma equipa de cinema investiga este episódio e faz uma descoberta sensacional: crê-se que, ainda antes do início da 2¬™ Guerra Mundial, na década de 30, a União Soviética estava a desenvolver uma missão espacial secreta – o lançamento de uma nave no espaço, com um cosmonauta a bordo, 23 anos antes da viagem histórica de Yuri Gagarine. Imagens de arquivo, cassetes de segurança dos serviços secretos, e entrevistas com antigos astronautas, revelam os segredos deste programa pioneiro.
Final da Segunda Guerra Mundial. Estepes ucranianas. As tropas alemãs e romenas batem em retirada com o avanço do imparável exército vermelho. Uma unidade militar romena monta o seu quartel-general numa escola abandonada. Os soldados sentam-se em frente a mapas agora inúteis, aguardando o desastre. Subitamente, é anunciada a chegada de oficiais alemães. Renova-se a esperança: irão receber novas ordens? Haverá contra-ataque? O caos da retirada irá ter fim? Mas cedo virá o desapontamento‚Ķ
A partir de um livro composto por algumas cartas de prisão de Rosa Luxemburgo, escritas a amigas entre Julho de 1916 e Outubro de 1918. E os refrões inerentes: cantos de pássaro, vegetais, passagens de cores e sons. Isto, quanto aos acontecimentos interiores. Relativamente ao exterior: Revolução de Outubro, Primeira Guerra Mundial, Chaplin, Klee. O presente das histórias, as suas misturas. Destinos.
O Que Fazes – Um guia prático. Este livro mostra-te como usares o teu modelo A1. Com 123 ilustrações, mostra como mesmo um caso perdido pode realizar um filme.
É a história de uma miúda em ruptura, algures no campo, num reino. É verão. Ela tem que estudar para os exames. Gerda está em casa dos tios. Não os via há anos, desde a morte da mãe. Estamos em 1985. Há uma cassete no leitor, e muita reverberação. É a crise. Gerda tem fazer algumas escolhas, escolhas que têm que lhe abrir os horizontes. À volta dela, algumas convulsões: um tempo que acaba.
De um ponto de vista meramente técnico, o ecrã de tv/vídeo acende por um feixe controlado de electrões no tubo catódico. Para ‘Energie!’ o descontrolo de uma descarga de alta voltagem de aproximadamente 30.000 voltes expõe papel fotográfico, que é então arranjado no tempo para criar novos sistemas visuais de organização electrónica.
Como um passeio pelos sonhos de outro. O sol brilha através das copas das árvores e das folhas, o céu está reflectido no lago, e nas margens estão pessoas com tiques. Fazem caretas, ou gritam palavras obscenas no meio das frases de outros. Uns são introvertidos, outros actores. O que acontecerá desta vez se os meus membros estremecerem, ou se eu gritar? Um diz que se trata de um grito por amor. Errado, diz outro, procurando um argumento. É um grito pela autenticidade. (Renée Zucker)
À primeira vista tudo parece imóvel. Uma rua, transeuntes, um pôr-do-sol, e o acompanhamento de um sussurro electrónico. Current Shot 01″ consiste num plano único de 15 minutos. O enquadramento mostra a parte de cima dos corpos de duas pessoas a olhar a luz do sol a pôr-se. Mas a aparente imobilidade do plano revela-se ilusória. Os detalhes oscilam entre a fotografia animada, o fotograma e o quadro vivo. “
O impuso original, o momento de luz, é o gatilho de uma visão que procura esta situação no espaço. E a espaços, no amanhecer, a nossa contemplação procura um movimento que não pode ser localizado no interior da imagem. Dadas as imprevisiveis mudanças da duração das imagens, o movimento é auto-produzido entre fotogramas. O labirinto das relações entre as imagens em movimento retém o olhar, retirando-lhe a liberdade.
Uma festa de uma noite, amor e música: Cape to the North, numa alma do norte.
Terceira parte de uma série de filmes que tratam a inspiração psicadélica naturalmente derivada. Rodado durante uma actuação da banda de Long Island – Lightning Bolt, este filme documenta a transformação de um público rock de um ritual de transe colectivo a uma ordem espiritual mais transcendente.
Em Singapura a censura é muito rigorosa. Donde que quando o realizador filmou um pénis erecto, sabia que nunca podia projectá-lo no seu país. E arrisca prisão.