The Punk Singer é um documentário de Sini Anderson sobre Kathleen Hanna, vocalista das Bikini Kill, das Le Tigre e das Julie Ruin, e figura central do movimento Riot Grrrl. Com a participação de Adam Horovitz, Joan Jett, Kim Gordon, Jeniffer Baumgardner, entre outros, combina entrevistas e imagens de arquivo e acompanha a história da cantora desde o seu início em spoken word ao envolvimento na cena punk, da criação de fanzines ao activismo feminista, da amizade com Kurt Cobain ao casamento com Adam Horovitz dos Beastie Boys, do diagnóstico da doença de Lyme ao seu difícil tratamento e consequentes implicações na carreira musical.
Secção: IndieMusic
Filmado entre Janeiro a Setembro de 2013, True acompanha quase um ano na vida do músico português The Legendary Tigerman, na sua procura por novas canções para o seu mais recente álbum, True, lançado em Março de 2014; os espectáculos são um homem só mergulhado na sua criatividade; os processos de composição revelam um homem de todos os instrumentos, desde os primeiros rascunhos até às apresentações públicas.
Em 1983, Lucy Kostelanetz filmou a banda funk Miller, Miller, Miller & Sloan, quando ainda eram adolescentes e prometiam vir a ter grande sucesso. Na altura a banda era muito popular, tocando em importantes palcos da cidade de Nova Iorque como o CBGB e o Peppermint Lounge, chamando a atenção da indústria musical. Em 1988, a realizadora regressou e quis saber o que se passava com eles; nessa altura ainda actuavam e tentavam manter-se juntos, mas a vida adulta começava a pesar e em 1993 acabaram por se separar. Em 2007, a cineasta entra de novo em contacto com os membros da banda com vista a perceber de que forma a intensidade daqueles tempos havia influenciado cada um deles. O que descobriu mostra a resiliência e a originalidade que guiou aquelas pessoas na procura de objectivos criativos.
Película super 8mm P/B
Mudar de Vida, , José Mario Branco, vida e obra é um documentário sobre a vida e obra do músico, compositor, poeta, actor, activista, cronista, produtor musical, José Mário Branco, um homem dos 7 ofícios que usa as suas canções, cuja actualidade se mantém, como instrumento transformador da realidade. A rodagem começou em Abril de 2005 e durante sete anos passou por Portugal e França, por ensaios, gravações de discos, conversas e concertos. No filme José Mário Branco fala de música, das suas convicções, da sua geração, do Estado Novo, da guerra colonial, da sua prisão e exílio. Trata-se do retrato de um homem que marcou o panorama artístico e cultural português e para quem a cantiga foi [sempre] uma arma.
Alan Vega: Just a Million Dreams traça um retrato íntimo de Alan Vega e revela histórias invulgares deste artista visual inovador e pioneiro do rock electrónico minimalista, vocalista e compositor da dupla Suicide, dos períodos punk e pós-punk dos anos 70 e 80; Alan brinca com a câmara e com a realizadora, Marie Losier com quem tem uma grande amizade, ao mesmo tempo que interage com a mulher e o filho. O que o filme mostra é a alegria, excentricidade, iluminação mas também um enorme cansaço e um Suicide mais lento; o rock n’roll de Alan está bem vivo, divertido e rebelde!
Gruff Rhys, o músico galês vocalista da banda Super Furry Animals e dos Neon Neon, que assina também alguns trabalhos a solo, embarca nesta viagem musical pela América repetindo a aventura do explorador e seu antepassado, John Evans, no século XVIII. John Evans partiu em 1792 em busca de uma tribo de índios americanos que julgava ser composta por seguidores de Madoc, o príncipe galês que a lenda diz ter embarcado para a América 300 anos antes da viagem de Cristóvão Colombo. Gruff Rhys, acompanhado por Dylan Goch, que com ele assume a realização de American Interior (depois de já terem realizado juntos Separado!, em 2010), e pelo avatar do explorador com um metro de altura, partem para o interior da América e percorrem o caminho de Evans, tentando juntar as peças da vida misteriosa desta figura a quem se deve um dos primeiros mapas do Rio Missouri. Pelo caminho vão dando palestras/concertos, pesquisando os arquivos, a geografia e as gentes locais e compondo o álbum que resulta desta mesma viagem.
Nos bairros mais pobres do Cairo há jovens que dançam ao som do electro chaabi, um novo género musical que combina música árabe, batida electrónica e freestyle cantado ao estilo do rap. Vítima da corrupção e de segregação social, a juventude destes bairros exorciza os males ao ritmo de uma dança e de letras de fervor revolucionário que transgridem tabus religiosos e fazem com que o fenómeno não seja apenas musical. Fornecendo a banda sonora para a revolução, o documentário e os jovens revoltados que a realizadora entrevista dão uma perspectiva curiosa da realidade e do clima político do Egipto, onde cresce a insatisfação de um povo que já não está disposto a ficar de braços cruzados.
A história da música é feita de revivalismos e de reutilização de sons do passado. Nos escombros dos anos 80, uma nova geração de artistas está a criar música de dança refrescante feita em 8 bits, utilizando relíquias como Nintendo, GameBoy, Atari, Amiga e Commodore 64. Europe in 8 Bits é um documentário sobre a arte do chiptune: a arte de reutilizar os sons e modificar o hardware dos videojogos e equipamentos antigos e a partir daí criar novos sons e sonoridades. Pela Europa fora, as actuações ao vivo destes músicos tornaram-se objecto de culto, porque além da originalidade da música há também um forte sentido de performance, onde projecções com imagens do universo 8 bits dos jogos antigos se juntam a barreiras de gameboy, para criar momentos de festa delirante. Tudo isto está a acontecer agora.
Ninguém melhor que Fela Kuti para personificar o movimento musical africano dos anos 70 e 80. Paralelamente, o multi-instrumentista, cantor e compositor associou-se ao activismo político pós-colonial e anti-apartheid. A sua postura, os seus hábitos e consumos, bem como a sua música determinaram uma vida marcada por perseguições do repressivo regime militar nigeriano que se prolongaram até à sua morte, aos 58 anos, vítima de complicações decorrentes da SIDA. O ressurgir do afrobeat na última década recuperou o interesse no trabalho de Fela Kuti e levou à estreia de um aclamado musical na Broadway sobre a história do lendário músico. Finding Fela acompanha a estreia do musical em Lagos, na Nigéria, e aproveita a ocasião para recuperar o material que serviu de base à construção do espectáculo ‚ filmes de arquivo, depoimentos, etc. ‚, ao mesmo tempo que recorda a vida do músico africano, documenta a performance e a sua recepção na terra natal de Fela Kuti.
Película super 8mm P/B
Um estranho cantor que acredita ter poderes sobrenaturais vagueia pela cidade de Memphis, onde se cruza com belas mulheres, músicos lendários, um aldrabão sem sentimentos, um pregador justo, e um bando de crianças numa viagem quase documental. É neste cenário que o realizador/autor Tim Sutton constrói uma fábula tocante em torno do iconoclasta músico/poeta Willis Earl Beal ‚ cujo último álbum Nobody Knows compõe o ambiente sonoro do filme ‚ e da cidade de Memphis, acrescentando mais uma lenda à já muito rica história da cidade. Na fronteira entre a realidade e a ficção, entre o real e o surreal, Memphis é um filme impregnado de música, folclore e uma busca abstracta da glória.
Chelsea McMullan acompanha Rae Spoon numa viagem pela imensidão das pradarias canadianas. Ao longo do caminho, Spoon apresenta, no mesmo tom doce e sussurrado característico das suas composições, o estilo musical que encontrou para exprimir a sua própria ambiguidade e a forma como alcançou o seu espaço num universo transgénero, onde mais do que homem ou mulher, é ela própria: enquanto pessoa, cantora e compositora. Vendo a relutância inicial em aceitar a participação num documentário que pretendia abordar assuntos tão pessoais, McMullan sugeriu que eles (Rae Spoon prefere que se lhe(s) refiram num plural que inclua os dois géneros) escrevessem primeiro o que haveriam de falar. O resultado foi a publicação, em 2013, do livro First Spring Grass Fire, de Rae Spoon, que serve de base a My Prairie Home.
Em 2012, o realizador Baillie Walsh colocou um anúncio a pedir aos fãs de Bruce Springsteen para enviarem vídeos e fotografias que documentassem a sua admiração pelo músico. Este filme é, pois, o resultado da edição das mais de 300 horas de imagens recebidas em que admiradores contam como Bruce Springsteen mudou a vida deles, fosse porque o conheceram, porque se cruzaram com ele, ou simplesmente porque as suas músicas marcaram os momentos chave das suas vidas. A montagem do filme durou seis meses e, segundo o realizador, a escolha do material teve o cuidado de garantir que o resultado final fizesse justiça à figura do músico, descrito por um dos seus admiradores como um homem muito decente. Springsteen & I é pois uma homenagem ao Boss escrita pelos seus próprios fãs.
Um músico na estrada. O espírito do rock. Do rock n’roll. A caravana. A viagem. O resto são encontros humanos numa Europa fria. De Espanha à Holanda, com início numa sessão de ensaios em Palmela. O que fica é a dádiva de Mazgani. No final, o regresso a casa e espectáculo em Lisboa. Apoteose de uma flagrante internacionalização.
Documentário sobre o imaginário romântico, sentimental e erótico brasileiro baseado nas obras dos mais importantes compositores de música popular romântica, género igualmente conhecido como brega. Nestas canções, as letras criam uma verdadeira crónica de práticas românticas.
Descrito como “reformados mal comportados”, Young@Heart é um grupo único. Com uma média de idades que ronda os 80 anos, as suas covers de canções rock de Coldplay, Hendrix e The Clash conquistaram críticas excepcionais em todo o mundo. Este comovente documentário segue os membros do coro durante a preparação de um novo espectáculo.