Depois de muitos anos a viver em Buenos Aires, Ana regressa à sua cidade natal, Paraná, em busca do seu passado. Mas lá, já pouco resta desse seu passado. Apenas alguns amigos e um punhado de imagens ténues que ela tenta reordenar. Ana compra um jornal local e encontra uma foto tirada por Mariano, um seu namorado de adolescência. Essa foto desperta-lhe vontade de procurá-lo através de amigos e colegas de escola, a quem pergunta por ele. Finalmente, fica a saber que Mariano foi viver para Victoria, uma pequena cidade vizinha. Ana decide, então, começar uma nova viagem. Um íntimo relato de uma procura que se converte numa interrogação sobre a identidade. Uma melancólica, mas esperançada, viagem; um olhar distante e, ao mesmo tempo, próximo sobre um lugar: o lugar da infância.
Secção: Herói Independente
Depois de muitos anos a viver em Buenos Aires, Ana regressa à sua cidade natal, Paraná, em busca do seu passado. Mas lá, já pouco resta desse seu passado. Apenas alguns amigos e um punhado de imagens ténues que ela tenta reordenar. Ana compra um jornal local e encontra uma foto tirada por Mariano, um seu namorado de adolescência. Essa foto desperta-lhe vontade de procurá-lo através de amigos e colegas de escola, a quem pergunta por ele. Finalmente, fica a saber que Mariano foi viver para Victoria, uma pequena cidade vizinha. Ana decide, então, começar uma nova viagem. Um íntimo relato de uma procura que se converte numa interrogação sobre a identidade. Uma melancólica, mas esperançada, viagem; um olhar distante e, ao mesmo tempo, próximo sobre um lugar: o lugar da infância.
Uma proposta audaz. Animação-porno com bonecas Barbie. Uma intrincada troca de parceiros. Uma fábula anti-machista onde todas as sexualidades heterodoxas se unem para isolar o patriarca que tenta impor, como lei, apenas o seu domínio e tudo o que seja uma variante do sadismo.
Não há aqui palavras para serem escutadas. A aventura consiste em acompanharmos o protagonista, um moto-rista de autocarros, no seu percurso diário. Todos os dias, ele transporta passageiros da periferia para a cidade. Vive com a sua mulher e a sua filha pequena num bairro pobre dos subúrbios. A relação entre a família é superficial e tratam-se como se fossem estranhos. O seu trabalho põe-no em contacto permanente com am-bientes marginais e acaba por se envolver com uma série de exóticos personagens que pertencem a um universo até então distante deste motorista. Entre eles, um traficante de drogas, uma prostituta e um grupo de pessoas relacionadas com a pornografia, com os quais faz um filme. Os laços que tem com a sua família serão postos em causa até à decisão final.
Três personagens, três gerações, e outras tantas formas de viver uma relação filial. Dorotea, uma lindíssima rapariga de 17 anos, vive com Eugénia, a sua avó, de 100 anos e que tem os seus momentos de loucura. Todas as manhãs, Dorotea lava-a e penteia-a antes de ir trabalhar para a lavandaria. Mas há também Eduardo, um homem fraco que acabou de sair da prisão e que agora vive no Exército de Salvação. E Eduardo é também o pai de Dorotea. Três gerações, três vidas numa encruzilhada e um desejo desesperado de estarem juntos.
Há algo de excitante quando se vê a pura afirmação da gramática do meio, nem que seja porque seduz os sentidos. Vamos honrar este poder do cinema uma vez mais.
Axel é um médico na casa dos 40, mas desistiu de praticar a sua profissão. Em vez disso, vive com a sua irmã e os seus sobrinhos, levando a vida sem entusiasmo. Na maior parte do tempo tudo o que faz é apenas existir. Até ao dia em que conhece uma jovem mulher grávida. A relação entre ambos desenvolve-se até uma espécie de amor em que a vida a dois é um mútuo apoio. Mas os hesitantes movimentos de Axel levam-no a visitar uma antiga amante. Há coisas na vida que não são totalmente perceptíveis, mas são profundamente sentidas.
Cidade de Datong. Uma estação suburbana de comboios. Um homem com um sobretudo militar deambula na sua própria solidão. O comboio chega. Uma mulher com um saco pesado desce à plataforma. Uma paragem de autocarros. Um velho autocarro foi convertido num restaurante. A música continua…
Um diário filmado, imagens e sons recuperados do esquecimento.
Misael é lenhador e vive na imensidão da pampa. Sobrevive somente com o indispensável, quase sem contacto humano. O seu trabalho é duro e as suas horas de descanso passa-as na solidão. Vive numa tenda que monta à medida que o seu trabalho vai avançando. Misael vai à aldeia unicamente para vender madeira e fala, de um telefone público, com um amigo que lhe dá novidades sobre a sua mãe. Observamos a sua vida, minuto após minuto, tentando descobrir, através de pequenos movimentos ou de curtos instantes, a sua maneira de ser com o mundo que o rodeia. A noite cai e a tempestade ameaça começar. No entanto, embora a sua vida possa parecer vazia, o certo é que Misael é um homem liberto dos constrangimentos do mundo, dono do seu próprio destino e, aparentemente, contente por viver uma vida resumida ao essencial: a dignidade do trabalho e os alimentos que a terra dá.
Don Galván é um reformado de 85 anos. Vive nos subúrbios numa modesta casa com a sua mulher. Numa manhã fria, levanta-se e descobre que o seu velho aquecedor a querosene ficou sem pavio. Tenta repará-lo, mas falta-lhe o suplente. Decidido na sua tarefa, sai em busca de um pavio e inicia assim uma viagem que o fará visitar um mostruário de personagens e situações. O mundo já não é o mesmo que Don Galván conheceu e esse dia bastará para o confirmar. Um vizinho acompanha-o até ao centro de Morón. Mistura de mercado persa e Hong Kong, é ali que Galván espera conseguir o seu pavio, que ao que parece já não se fabrica. Viaja em vários tipos de transporte. O pavio não aparece. De volta a sua casa, Don Galván atravessa o monte no meio de uma tormenta e de outros perigos.
Mao, uma urbana rapariga de Buenos Aires, apaixona-se por Marcia assim que a vê pela primeira vez. Juntamente com Lenin, a sua companheira inseparável, fará o possível para demonstrar o seu amor até conseguir cumprir a prova”.
Uma t-shirt e música tomam o lugar do homem e das palavras.
Quem foram os Carri? Como desapareceram? Louros, morenos, altos, pais, revolucionários, filhos, activistas, heróis ou uma ficção daqueles que os recordam? A realizadora utiliza a câmara para revelar feitos baseados na vida emocional dos seus pais, desaparecidos e assassinados, vítimas da última e brutal ditadura argentina. Partindo dos enganos da memória, Carri consegue testemunhos de antigos companheiros, velhas fotografias, uma actriz que faz o papel da realizadora, fantásticos bonecos playmobil e as suas próprias fantasias, assim é como ela e a sua equipa embarcam numa busca através da geografia e história de Buenos Aires, procurando um profundo entendimento acerca do acontecido. À medida que se desvelam dados sobre os seus pais, desde os mais idealizados até aos mais mundanos, emergem coloridas perspectivas que também se rodeiam de certos conflitos. Impregnado do mito dos desaparecidos, o retrato desta família passa pela visão de cada pessoa que os evoca, de cada imagem do passado, de cada foto desbotada pelo tempo e pela memória.
Rulo, um operador de gruas de 50 anos, carrega com dignidade o peso de uma vida com demasiados dissabores e alguns, fugazes, momentos de glória. Nos anos 1970 foi tocador de baixo numa famosa banda de rock mas, hoje, está divorciado e enfrenta a sua dura profissão de operador de gruas. A seu cargo tem Cláudio, o seu filho adolescente, e procura sustentar a sua vida e lutar contra a ameaça do desemprego. Quando um novo trabalhador chega e toma o seu lugar, Rulo é forçado a trocar Buenos Aires por um emprego precário em Comodoro Rivadavia, 2000 quilómetros a Sul da capital. Rulo acaba por ter que deixar o seu novo amor, Adriana – uma vendedora de sandes que costumava ser uma grande fã da sua banda -, e o seu filho, que espera seguir os passos do pai e formar a sua própria banda.
Verão. Véspera de Natal. Para passar o Verão a impressionar as raparigas, três amigos decidem comprar um Chevy, Modelo 73, que acaba por se avariar nessa mesma noite. Tentam, sem êxito, repará-lo e a ânsia de popularidade dos jovens vai-se desvanecendo pouco a pouco. Sentimentos contraditórios como o orgulho, a tristeza, a omnipotência e a frustração atravessam esta história sobre o momento de deixar para trás a adolescência. Chega o Carnaval e o Chevy arranca. Misteriosamente‚Ķ
Subúrbios de Buenos Aires. Um dia na vida de uma pequena loja de acessórios para automóveis. Martín, o dono, e Rulo, o seu empregado, enfrentam os triviais desafios do quotidiano: dinheiro, ratos, romance e acidentes de carro, numa série de vinhetas da rotina diária.
As crianças e os professores a divertirem-se na escola.