François é um arrivista: quando se muda com a namorada para o Vallée de Joux, na Suíça, é contratado por um jornal local para escrever os filmes que são programados no único cinema que por lá existe. Como não tem quaisquer conhecimentos cinéfilos, simplifica o processo copiando integralmente peças de uma revista francesa. Rosa é uma crítica de cinema brilhante, com experiência e boa dose de auto-confiança. Vão encontrar-se quando François, com paixão cinéfila crescente, consegue ser convidado para os visionamentos de imprensa. Rosa arrebata-o. Ele fará qualquer coisa para a agradar; ela persegue essa glória amorosa, deixando para trás amigos e antigos amores. Com o desenvolvimento desta relação perversa, François descobre não só prazeres carnais, como perspectivas profissionais para ele inimagináveis. Uma ficção mordaz sobre a actividade da crítica de cinema.
Secção: Competição Nacional
Certa noite, o meu avô Tahar faleceu nos cuidados paliativos. Zouina, a sua enteada, está lá. Aziz, o seu filho, está lá. Fayçal está lá. Eu estou lá. Deus não está lá? Kamel chega tarde demais.
Um road-movie em Portugal ou um road-movie sobre Portugal? Provavelmente o filme existe na confluência destas duas hipóteses. Portugal 2004, no rescaldo do Europeu de futebol. Um projecto: atravessar o país de norte a sul (seis horas) e de leste a oeste (hora e meia). Viagens numa terra pouco mais pequena que o estado do Indiana, nos EUA. A bordo do Rocinante, um velho Mercedes, a descoberta (ou a confirmação) de uma paisagem irreconhecível, de um território em profunda transformação: autoestradas que rasgam o país criando uma falsa ideia de velocidade, agricultura em vias de extinção, gigantescas áreas comerciais. Por debaixo de tudo isto, escondem-se memórias individuais e colectivas. E uma canção cola-se-nos à pele: Hide on the promenade, etch a postcard: How I dearly wish I was not here in the seaside town that they forgot to bomb. Come, come, come ‚ nuclear bomb…
Vindo das altas terras da Serra, tio Zé veio cedo para Lisboa, transportando consigo uma maneira muito própria de se relacionar com ele próprio e com os outros e construindo um pequeno mundo onde é príncipe às ordens do espaço que o liberta.
Lisboa, 1972. Olga tem uma vida fácil, no seio de uma família abastada. Estuda na universidade, frequenta as festas da alta sociedade, joga ténis e passa lânguidas tardes à beira da piscina com as suas amigas. Mas ela sabe que é diferente: a sua pele não é branca. Olga depara-se com este desconforto progressivo, mas prefere ignorá-lo. Só que quando o seu pai regressa de Angola, após 20 anos passados no estrangeiro, o seu mundo de conforto e fantasia começa a esboroar-se. Olga já não sabe quem é ou de onde vem. Começa então a sua viagem de descoberta de identidade e liberdade. Olga envolve-se com outras pessoas, com outras formas de viver e com o teatro. E como actriz, compreende que a luta das emoções e das memórias começa na pele.
Após a demolição das barracas e a construção dos novos prédios para o realojamento dos moradores do antigo bairro da Curraleira, sobrou um espaço vazio. Este filme é sobre esse lugar, sobre os encontros, as histórias e as actividades que o definem.
Ana é criança, rapariga, adulta, alta, gorda, magra… Ana é a parte de todos nós que de vez em quando acorda sem saber quem é. Essa amnésia consciente que nos impele a viajar, a indagar, a procurar incessantemente, ainda que não seja claro ao que vamos e quem podemos encontrar.
Kaló, Filipe, Calhau e André personificam o rock’n’roll que define os Bunnyranch, uma das mais estimulantes bandas portuguesas, surgida do contexto rock’n’roll que caracteriza Coimbra. Os Bunnyranch parecem imparáveis, no entanto algo vai acontecer que mudará a banda para sempre.
Um passeio pelas ruas sórdidas e abandonadas de Lisboa, a partir do trabalho gráfico de Stuart de Carvalhais, e dos seus personagens.
Os peixes, os cães e os pássaros. Três aventuras reflectem as preocupações das crianças: ser mais esperto que os mais crescidos, ser justo e estar junto dos amigos.
Numa ilha imaginária nos Açores, uma comunidade fecha-se em torno de Edmundo, um aristocrata rural, que acabou de perder a mulher, na sequência do nascimento da sua filha. Atravessado pelo desgosto, Edmundo declara o luto e proíbe qualquer forma de contacto sexual entre os habitantes. É neste ambiente que Adriana, a filha de Edmundo, cresce, ela que é uma das últimas crianças a nascer nesta ilha. Anos mais tarde, quando a desertificação da ilha se agudiza, Edmundo é levado a tomar uma decisão drástica: enviar a sua filha para Lisboa, para que ela possa constituir família por métodos naturais. E é assim que, para Adriana, começa a saga na grande cidade. Assaltada por uma elegante mulher logo à saída do aeroporto, Adriana não só fica sem os seus pertences, como perde também a identidade. Perdida na grande cidade, será ajudada por Estela e pelo seu filho Saturnino, um travesti, que a levará através de uma Lisboa misteriosa e surpreendente.
O olhar de Mariana percorre o pátio de muros altos. Joana ao fundo. A expectativa de uma amizade. Tudo está por aprender. Tudo é muito rápido. O desenho de Joana. O tomar de um boião de tinta vermelha. A imagem de Mariana no espelho. A culpa confunde-a: quem fez tombar o boião? Terá sido ela própria?
Uma série de fósforos humanos. Ardem e cada cabeça incendeia a próxima provocando uma reacção em cadeia. Através do fogo, eles ganham uma nova vida.
Ela passa, ele segue-a. Ele perde-a. As recordações de outras saídas, de outros encontros vêm-lhe à memória. Reencontra-a. A perseguição continua. Ela encontra-se com outro. Abraça-o. Ele regressa, cabisbaixo. Ela segue-o… Ela também tinha Uma Sombra na Alma.
A vida numa batida suspensa; na busca de instrumentos de vontade para conseguir liberdade verdadeira. Sérgio descobre o seu próprio caminho até à liberdade.
Cosme, um astronauta bonacheirão com uma vida amorosa turbulenta, vê-se um dia perdido num distante sector espacial, sem gasolina e com uma surpresa à espreita‚Ķ
George e Sara. Um jovem casal à beira da separação. George sente que ainda há espaço para uma nova tentativa. Sara já não está certa do que sente.
“Um Homem” é a história de um homem chamado Jorge, lavador de pratos, que vive numa roulotte e recebe Constance, que acaba de deixar o marido, Walter. No fim, Constance volta para o marido.