As three 19 years old friends get together, doubt grows over their long-lasting friendship.
Secção: Competição Internacional
Numa cave esconsa, uma série de precários trabalham em frente ao computador. A sua função? Identificar emoções humanas para ensinar uma inteligência artificial a ler rostos. Só que surge uma expressão que ninguém consegue descodificar.
Sara Fgaier (montadora, entre outros de “La bocca del lupo” de Pietro Marcello, IndieLisboa 2010) trabalha sobre imagens de arquivo em “Gli anni”, para contar a história de uma mulher e das suas décadas à beira do mar da Sardenha.
Em 2017 explodiu um escândalo sobre corrupção nos hospitais públicos da Roménia. Nem de propósito, a dupla Cătălin Rotaru e Gabi Virginia Şarga estava já a preparar a sua primeira longa metragem sobre um médico que luta contra a indiferença, a burocracia e os poderes instalados quando pretende denunciar a utilização de um desinfectante pouco eficaz. Chefes, directores, ministros e polícias fazem ouvidos moucos à luta de um homem que já viu morrer demasiados pacientes à custa de infecções preveníveis. É necessário descobrir os culpados e fazer justiça, custe o que custar.
Juliana acaba de chegar a Belo Horizonte para integrar uma equipa de combate ao mosquito da dengue. Enquanto espera que o marido se junte a ela na nova cidade, Juliana conhece pessoas e faz amigos. Uma viagem tocante pelo quotidiano dos afectos no estilo doce de André Novais Oliveira (regressa ao IndieLisboa depois da longa “Ela Volta na Quinta” e das curtas “Quintal” e “Pouco Mais de Um Mês”). Estreado em Locarno, o filme foi o grande vencedor do Festival de Brasília consagrando o realizador como uma das mais interessantes jovens vozes do cinema brasileiro.
Numa ilha no sul de Espanha, um homem solitário recolhe azeitonas de uma paisagem feita de água e ramos secos. “Huile sur vent” faz-nos deslizar por esse lânguido Outono em pitorescos reflexos.
Guanches é o nome dado ao povo nativo das ilhas Canárias, que vivia ainda na Idade da Pedra quando as ilhas foram ocupadas pelos castelhanos, acabando erradicados em menos de um século. Este hipnótico ensaio, integralmente composto por imagens de arquivo, parte dos registos sonoros de um arqueólogo que, nos anos 1980, recolheu testemunhos junto dos pastores locais com o desejo de conhecer melhor esse povo. Só que a dupla de realizadores desmonta os mitos coloniais do investigador e apresenta o complexo mapa de poderes com o qual se escreve o discurso histórico. Em estreia mundial no IndieLisboa.
Sandoval esteve à beira da morte por causa de uma bala. Quando recuperou foi uma garrafa partida que o colocou, de novo, junto ao precipício. Mas ele nunca caiu. “La bala de Sandoval” é uma enigmática reflexão sobre o a sorte e o destino.
Na Depressão Central o sol nunca pára de brilhar. Foi lá que o arqueólogo Margot Moreira nasceu e é lá que regressa, para curar o seu ‘Síndrome de Invalidez’, reescrevendo a História. “Princesa Morta do Jacuí” é um sci-fi anacrónico sobre o assombro do progresso.
Um ano: Março de 2017 a Março de 2018. Um casal: Elsa Michaud e Gabriel Gauthier, jovens estudantes de belas artes em Paris. Uma efeméride: 50 anos do Maio de 68. Dois mundos: o da intimidade e o da torrente de imagens que nos chegam, pelas redes, aos ecrãs. “Ne travaille pas (1968-2018)” não tem diálogos, compilando gestos, símbolos e eventos mundiais. Ao som da hipnótica música da dupla Avia x Orly, atravessamos o frenesim visual dos nossos dias, num caudal catártico que nos tira a respiração. Como avisa o realizador, não recomendável a maiores de 50 anos.
“Duerrenwaid 8” é um documentário em animação que funde histórias de uma casa, um jardim e um riacho, e também de colmeias e cabanas na floresta: diferentes tempos cruzam-se no desfiar da memória.
Paul Heintz (“Non-contractuel”, IndieLisboa 2016) regressa ao festival com uma viagem ao universo de um pirómano, que nos dá a conhecer os seus sonhos e desejos e como estes estão ligados, pelo inconsciente, ao seu fascínio pelo fogo.
Em “Je sors acheter des cigarettes”, Jonathan, de 12 anos, vive com a mãe e a irmã, e também com uma série de homens-macaco que se escondem nos armários e na máquina de lavar.
«Não sei se deva encarar este tempo de descanso como umas férias ou declarar-me em crise perpétua?» pergunta-se Romina, a personagem que é também a actriz principal e a realizadora. Ela tem um marido e um filho de 4 anos, mas o casamento não vai longe e é para longe que ela precisa de ir, para a cidade onde cresceu, Buenos Aires. Esta fuga leva-a de volta à sua cultura germânica, mas também às saídas à noite e às fantasias de adolescente. Mas tudo lhe parece desfasado. Romina Paula vira a câmara para si, para o seu filho e a sua mãe, num intrigante jogo entre documentário e ficção.
Emmanuel Marre (melhor curta de ficção em 2017 com “Le film de l’été”) regressa ao IndieLisboa com “D’un chateau l’autre”, uma docu-ficção intimista sobre um jovem eleitor, indeciso entre Macron e Le Pen. O filme venceu o Leopardo de Ouro em 2018.
Em “Turbine”, a obsessão do trabalho vê-se na cara: um piloto de aviões fica com rosto de turbina e apaixona-se por uma ventoinha. Que medidas drásticas tomará a sua mulher para o ter de volta?
Depois do extraordinário “Rubber Coated Steel” (IndieLisboa 2017), Abu Hamdan continua a sua investigação sobre a utilização do som em contexto judicial. “Walled Unwalled” é um documentário performativo sobre os limites (sonoros) entre o privado e o público.
Charlotte e a sua prima vão de férias, ela conhece um rapaz, é mais velho e tem namorada, mas é Verão e o desejo aperta. “Les petites vacances” é um retrato do modo turvo como se comunica a sexualidade.