Blight

Em Blight temos uma velhinha história do exorcismo católico em que nem tudo é o que parece.


Deep Space

O amor também existe entre extraterrestres.

HomeSick

As paredes velhas de uma nova casa não trazem apenas um espaço novo para fazermos delas o novo lugar das nossas vidas – escondem também as palavras e os retratos de quem viveu e morreu dentro delas. A chegada de um novo casal e dos sonhos de uma jovem violoncelista, que treina diariamente para uma etapa decisiva do seu reconhecimento profissional, vê-se atormentada por uma ameaça sem nome e sem corpo, excepto pelo rosto de uma vizinha que paira em permanência sobre os seus dias. O medo de não se ver reconhecida – pela sua família, pelos seus pares, pela negação dos seus sonhos -, torna-se em obsessão e ganha a voz da loucura.

Portrait

Os nossos rostos não são bem o que parecem.

Polaroid

Uma brincadeira com uma máquina Polaroid antiga acaba por acordar os espíritos de uma casa.

Splintertime

Os rostos deformados que se transportam numa ambulância vão escapar-se pelo céu para entrar nos nossos sonhos.

The Duke of Burgundy

Ecos de “The Servant” (1963) de Joseph Losey e “Le journal d’une femme de chambre” de Buñuel (1964) entram pelo ambiente da mais recente longa do realizador britânico Peter Strickland (autor de “Katalin Varga”, de 2009, e “Berberian Sound Studio”, homenagem ao cinema giallo, de 2012). No interior de uma aristocrática casa de campo, uma mulher dedicada ao estudo amador de insectos e borboletas vive com um outro objecto: uma empregada que obedece às suas ordens repetitivas, tal como um corpo-escravo que se dedica à satisfação de prazeres escondidos e à descoberta dos seus anseios de dominação.

Tuck Me In

Toda a gente sabe que não há monstros debaixo da cama.

Undead Woman

Uma mulher homenageia o ritmo do Rei-Sol antes que a temível noite chegue.

White Bird in a Blizzard

Gregg Araki (“The Doom Generation”, 1995; “Mysterious Skin”, 2004) já deixou de ser um dos nomes mais conceituados do cinema independente e de temática queer para se tornar, hoje, num dos realizadores de linguagem mais reconhecível da indústria de cinema norte-americana. Esse mesmo facto, por outro lado, não o afasta do seu universo pessoal: em “White Bird in a Blizzard”,  o realizador foca-se, de novo, no despertar dos instintos sexuais de uma jovem personagem, juntando-lhe, aqui, o misterioso desaparecimento, aos dezassete anos, da sua mãe. Apesar dessa “ausência”, é esse papel – e a interpretação de Eva Green, uma das actrizes mais interessantes do cinema contemporâneo – a comandar uma narrativa familiar, em tons de policial, dentro do universo suburbano norte-americano.

YOU ME AND IT

“You me and it”: um filme prestes a explodir de uma combustão de gás.

Ich seh Ich seh

Para além de co-argumentista e colaboradora em filmes do seu marido Ulrich Seidl (como a trilogia “Paradies”, exibida no IndieLisboa 2013), Veronika Franz é também autora de filmes em nome próprio. “Goodnight Mommy”, a sua primeira longa de ficção, desafia os limites da representação do horror, construindo, pela encenação rigorosa dos interiores de uma casa isolada, a história de dois irmãos gémeos que esperam o regresso de uma mãe depois de um acidente que a levou a reconstruir o seu rosto. Um filme em que a relação maternal é um palco de terror para personagens que são vítimas, durante o dia e nos seus sonhos, dos seus próprios medos.

Chaud Lapin

Animais gigantes e apaixonados – e um crime doméstico.

Im Keller

Depois do foco dedicado ao realizador austríaco no IndieLisboa 2013, “In the Basement” vem mostrar os lugares secretos do cinema de Ulrich Seidl. Mais ainda do que personagens – e pessoas reais -, são as extensões desses universos que ocupam o centro deste filme, desfilando entre os subsolos, garagens, e os sótãos secretos da Áustria para mostrar, em domicílios e áreas pessoais, os desejos mais cavernosos dos seus habitantes. Tanto pelas obsessivas colecções de parafernália proibida como no prazer a que se prestam os seus corpos, é nestas caves que o cinema de Seidl encontra um lugar para o seu paraíso.

Loja de Répteis

Um filme de terror existencialista – e a violência como regra de reencontro para um casal.

Når dyrene drømmer

Na primeira longa metragem de Jonas Alexander Arnby, uma jovem dinamarquesa começa a descobrir os seus impulsos e desejos sexuais contra a protecção de um pai e o cuidado de uma mãe em estado vegetativo. No entanto, os crimes misteriosos que surgem na aldeia, o descontrolo dos seus impulsos, tal como a crescente preocupação da sua família, levam a crer que algo mais se passa no corpo da adolescente. Afinal, não serão tanto os sonhos e pesadelos de uma jovem rapariga, mas antes os de um animal a nascer em si, que serão o alvo da fúria de uma pequena localidade.