Nesta curta comissariada pela BBC Films, Jonathan Glazer Under the Skin filma uma multitude de mascarados que persegue e pune um homem de máscara. Crítica social, inspirada pelo quadro de Goya, El sueño de la razón produce monstruos.
Secção: Boca do Inferno | Mouth of Madness
Estamos no seio de uma comunidade muito singular. Um homem, conhecido como o Pastor, e o seu rebanho, composto por um conjunto de mulheres que o seguem, adoram e para ele trabalham. A fazer lembrar obras como The Handmade’s Tale (Bruce Miller) ou The Village (M. Night Shyamalan), a realizadora polaca Malgorzata Szumowska procura refletir sobre os rituais separados da civilização, mas sobretudo a lógica da dominação masculina sobre o mundo feminino.
Poucos filmes mostram tão bem a mentalidade e a paranóia social que desembocou no nazismo, como esta obra prima de Juraj Herz, que após a sua estreia esteve banida duas décadas na Checoslováquia. No final dos anos 30, acompanhamos a vida de Mr Kopfrkingl, homem feliz, casado, duas filhas e que trabalha num crematório em Praga. Mas a presença da morte e o gérmen da discriminação vão contaminando o seu quotidiano. Apresentado em cópia digital restaurada.
Nesta curta comissariada pela BBC Films, Jonathan Glazer (Under the Skin) filma uma multidão de mascarados que persegue e pune um homem de máscara. Crítica social, inspirada pelo quadro de Goya, El sueño de la razón produce monstruos.
Barry é capaz de ter morto a sua avozinha à martelada. Agora precisa de uma ajudinha da sua ex-namorada. O amor vê-se nas pequenas coisas.
Um homem de negócios tem de enfrentar os momentos difíceis que se seguem à morte do seu pai. Demónios interiores, emoções não resolvidas, espaços desertos.
Por vezes as pessoas são ingratas e não valorizam as horas de dedicação e esforço que um assassino em série deposita no seu trabalho. Outra coisa irritante são as vítimas que não se sabem comportar.
A primeira longa de Matthew Rankin é uma maravilhosa bizarria camp. Cenários que fazem lembrar o expressionismo alemão, a estética da televisão dos anos 80, ou a influência de gente como Guy Maddin, John Waters ou mesmo os primeiros trabalhos de Peter Jackson. O alvo: a história e costumes canadianos. Uma divertida pseudo biopic que imagina os primeiros anos de formação do antigo primeiro ministro do país, William King, o político e o choninhas.
Nada como estarmos confortáveis na nossa casinha. Mas nem sempre. Um jovem casal andava em busca do lar perfeito. E parecia ter encontrado. Até que subitamente percebeu que não conseguia sair do labirinto do seu novo bairro, constituído por casas igualmente perfeitas. Este thriller de ficção científica, com Imogen Poots e Jesse Eisenberg, é uma reflexão acerca do que significa isso de ter a casa dos nossos sonhos e constituir família.
Pobre Leo. Ele sabe que isso de as mulheres preferirem os carecas não é bem assim. Mas a salvação chega sob a forma de um misterioso líquido-maravilha que faz crescer o cabelo.
Eis uma espécie de triângulo amoroso entre um homem, uma mulher e um triturador de carne. Ou de como o amor por vezes pode ser porcalhão.
Ahh…os subúrbios americanos com suas taras e manias. DeBoer e Luebbe – argumentistas, realizadoras e actrizes do filme – fazem-nos entrar nesse mundo habitado por ferozes soccer moms, adultos de aparelho nos dentes, roupas rosinhas ou azulinhas a condizer, intercâmbio de bebés, cãezinhos e crianças, carros de golfe e jogos de futebol. Nesta deliciosa dark comedy em tons garridos parece que David Lynch acasalou com Wes Anderson e deram à luz este filme.
Quando faz muito calor a melhor coisa a fazer é entrar numa gelataria e pedir um geladinho. Mas há pessoas com olhares bem escaldantes.
Quem nunca no final de uma noite de copos começou a sonhar com comida? E quanto mais gordurosa melhor, certo? A animação de conclusão de curso de Laura Hodkin é sobre uma dessas noites em que o primeiro crime é o nutritivo.
A dança é uma forma criativa e saudável de nos expressarmos através do corpo. Ou talvez não. Esta deliciosa animação de Vinciguerra mostra a dança como um perigo quotidiano. Há momentos em devemos dizer: “não, eu não quero dançar!”
Há um dia em que o nosso amor online tem de virar offline. Isso aconteceu a Danny que foi conhecer a sua namorada virtual pela primeira vez e as coisas não correram bem como ele esperava.
Depois de Pontypool ou This Movie Is Broken (IndieLisboa 2011), o humor distópico e a coolness violenta de Bruce McDonald estão de volta. Nesta dreamland, os vampiros modernos convivem com as lendas de jazz e os dedos mindinhos são um “bem” quase tão precioso quanto as inocentes meninas para casamentos de arromba. O genial Stephen McHattie, secundado por Juliette Lewis e Henry Rollins, são os actores deste sangrento e moderno conto de fadas.