Delicioso jeu d’esprit combinando romance ardente, acção branda (do género carteirista) e brilho cinematográfico, Sparrow surpreende e seduz. Um bando de quatro elegantes mestres carteiristas de Hong Kong encontram uma mulher irresistível e perigosamente atraente. Ela condu-los num enredado golpe cujo último objectivo é tão formalmente elegante como emocionalmente ressonante. A inspiração é francesa, mas muito mais Demy do que Melville. É virtualmente um musical sem canções. No final, a gloriosa sequência de chapéus de chuva em câmara lenta é um número de dança de Berkeley no seu vigor físico, complexidade coreográfica e dedicação ao máximo prazer visual. O champanhe borbulha com um coração terno. (S. Kraicer)