Vadim tem de sair do conforto do seu quadrado, algo que não é fácil. Lá fora, há apenas o desconhecido. E o desconhecido é sempre assustador. Até abraçarmos tudo o que este nos pode oferecer, de bom e de mau.
Uma caixa, uma prisão, uma personagem e a vontade de evasão. O salto da gazela é movimento e figura de possibilidade, mas é também a fuga ao leão, às forças do mais forte. Os esquemas e uso do poder, a dependência e a potência da forma traçam a vertigem do pensamento. Uma animação que cresce e se lança num fluxo de consciência vertiginoso que reflecte a implacabilidade das forças que esmagam sem dó. No mundo fechado, o outro mundo é um desconhecido onde os monstros operam. (Carlota Gonçalves)