A primeira longa de Mia Hansen-Løve é um berço para o que viria a surgir na sua obra: a ausência de quem amamos, a visceralidade de um amor que nasce e a temperança de saber vivê-lo. Aqui, o afastamento de um pai das pessoas com quem quis fundar a sua vida, antes do surgimento de uma filha que busca uma renovada possibilidade para viver a sua relação. E na passagem do tempo, uma união que a escrita ajuda a fazer viver, tanto nos seus reencontros como no tempo futuro (a memória) que dá eternidade aos seus sentimentos.