Em 2014, o IndieLisboa mostrou o documentário Costa da Morte passado nessa região galega, de onde é natural Patiño. A sua paisagem e histórias contêm uma forte carga onírica e fantástica que aqui são exploradas nesta ficção sobrenatural sobre a procura de Rubio, um mergulhador que teria resgatado dezenas de cadáveres de náufragos. As imagens estão paralisadas com seus habitantes e as palavras flutuam como aparições, entre fantasmas, bruxas e monstros.
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Lois Patiño pertence, ao lado de autores como Eloy Enciso ou Oliver Laxe, a uma interessante nova geração de cinema galego. Em 2014, o IndieLisboa mostrou a sua primeira longa, Costa da Morte, um documentário passado nessa região galega de onde é natural. Agora retorna a esse local explorando o imaginário mítico e sobrenatural dessa vila costeira de quem se dizia antigamente ser o “fim do mundo”, devido ao elevado número de naufrágios. Os seus habitantes permanecem imóveis como quadros, tudo se passa hoje como há mil anos. O que aconteceu a Rubio, o mergulhador que outrora reclamava os corpos dos naufragados? Pensa-se que tenha sido o monstro que leva as pessoas vivas, mas não as devolve mortas. No universo de Lúa Vermella, que tem tanto do cinema de Tarkovsky como da literatura de H. P. Lovecraft, habitam os fantasmas, as bruxas, os espelhos, o mar e a lua. Sussurra-se, anda-se, espera-se e planeia-se fora das imagens e dentro do som. (Carlos Natálio)
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Lois Patiño pertence, ao lado de autores como Eloy Enciso ou Oliver Laxe, a uma interessante nova geração de cinema galego. Em 2014, o IndieLisboa mostrou a sua primeira longa, Costa da Morte, um documentário passado nessa região galega de onde é natural. Agora retorna a esse local explorando o imaginário mítico e sobrenatural dessa vila costeira de quem se dizia antigamente ser o “fim do mundo”, devido ao elevado número de naufrágios. Os seus habitantes permanecem imóveis como quadros, tudo se passa hoje como há mil anos. O que aconteceu a Rubio, o mergulhador que outrora reclamava os corpos dos naufragados? Pensa-se que tenha sido o monstro que leva as pessoas vivas, mas não as devolve mortas. No universo de Lúa Vermella, que tem tanto do cinema de Tarkovsky como da literatura de H. P. Lovecraft, habitam os fantasmas, as bruxas, os espelhos, o mar e a lua. Sussurra-se, anda-se, espera-se e planeia-se fora das imagens e dentro do som. (Carlos Natálio)