Na sua secretária na biblioteca Brynmor Jones, o poeta Philip Larkin tinha uma fotografia de Guy The Gorilla, atracção no zoo de Londres. Esta breve colagem de Sutcliffe é uma meditação acerca do trabalho e da forma como este pode ser uma prisão.
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Guy era um gorila famoso no Zoo de Londres pela sua disposição gentil e por receber doces dos visitantes. Aqui, a sua vida interior é talvez mais semelhante à de um detetive de algum filme noir de uns anos oitenta repletos de solos de saxofone, que comenta de forma vaga a experiência humana. Um contraste capaz de causar um sorriso no mais empedernido dos rostos. (Ana Cabral Martins)