Reza a lenda que Floripes, uma moura encantada, deambula todas as noites, triste e sem destino, pela vila de Olhão. Prisioneira do seu encantamento, representa o medo e o sofrimento da comunidade de pescadores, que, inebriados pelo feitiço da bela e misteriosa mulher, com o intuito de desencantá la, morreriam ao tentar atravessar o mar. Evocá-la não é senão o pretexto para nos confrontarmos com os temores das gentes do Algarve e o seu/nosso maior medo – a morte.
Floripes
Miguel Gonçalves Mendes
IndieLisboa 2007 • Competição Nacional, Observatório
Portugal, Fiction, 2007, 97′