O coletivo artístico Bambitchell explora, na linha do facto, da ficção e do ensaio, um conjunto de julgamentos na idade medieval que colocava no banco dos réus vários animais, mas também objetos inanimados, por crimes como o trespasse, roubo ou morte.
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O assunto é jurídico e a abordagem é igualmente metódica e isenta. A dupla Bambitchell propõe uma historiografia lúdica dos julgamentos de animais, pragas e objetos. Só que a sua mise en scène fundada no distanciamento irónico expõe as contradições da personificação dos direitos e deveres de criaturas. À medida que se evidencia o ridículo das sentenças, o filme desfaz-se em soluções inesperadas: a montagem, os grafismos, as composições ovóides, a banda-sonora musical e as invocações demoníacas refletem sobre as falhas inerente às ciências do direito. (Ricardo Vieira Lisboa)
O assunto é jurídico e a abordagem é igualmente metódica e isenta. A dupla Bambitchell propõe uma historiografia lúdica dos julgamentos de animais, pragas e objetos. Só que a sua mise en scène fundada no distanciamento irónico expõe as contradições da personificação dos direitos e deveres de criaturas. À medida que se evidencia o ridículo das sentenças, o filme desfaz-se em soluções inesperadas: a montagem, os grafismos, as composições ovóides, a banda-sonora musical e as invocações demoníacas refletem sobre as falhas inerente às ciências do direito. (Ricardo Vieira Lisboa)