Resultado de uma colaboração ao longo de um ano entre Ana Vaz e dois estudantes de liceu, Vera Amaral e Mário Neto, este é um filme caleidoscópico sobre o que é olhar, ser olhado e sobre o potencial latente do cinema.
13 Ways of Looking at a Blackbird
Ana Vaz
IndieLisboa 2021 • Competição Nacional
Portugal, Documentário, Experimental, 2020, 32′
A cineasta e um grupo de alunos processam pensamentos sobre o acto de ver, compor imagens, alcançar as coisas. 13 Ways of Looking at a Blackbird de Wallace Stevens é o mote poético desencadeador desta experiência colectiva. Os olhos da imaginação, o silêncio, pousar o olhar num infinito de perguntas traduzem um mapeamento imagético, tal câmara stylo (câmara caneta) que escreve o pensamento das imagens, das sensações numa fantástica mise en abîme - “o filme é uma música que se pode ver”. (Carlota Gonçalves)
Ana Vaz nasceu em 1986 em Brasília. A sua filmografia crítica e especulativa é sustentada por colagens experimentais de imagens e sons, reflectindo sobre situações marcadas histórica e geograficamente por narrativas de violência e de opressão. O impacto do colonialismo e da ruína ecológica são o pano de fundo dos seus “filmes-poemas” imersivos, que já passaram por festivais como a Berlinale, TIFF ou CPH:DOX.