Democracia em Vertigem

Petra Costa (“Olmo e a Gaivota”, IndieLisboa 2016) confessa, «tenho aproximadamente a mesma idade que a democracia no Brasil.» A partir daqui inicia uma reflexão, entre o pessoal, o político e o poético, sobre a paisagem governamental do seu país à luz dos presentes volte-faces. Com acesso sem precedentes a Dilma Rousseff e Lula da Silva, a realizadora explora a ascensão e queda de ambos os líderes. Um documentário ensaístico, estreado este ano no festival de Sundance, que serve de aviso para a fragilidade dos sistemas democráticos às forças do populismo.

Olmo e a Gaivota

Olivia Corsini é uma actriz italiana que tem um papel na peça A Gaivota de Tchekov. Contudo, um dia descobre que tem outro papel a desempenhar: o de mãe. Nesta co-produção brasileira, dinamarquesa e portuguesa (O Som e a Fúria), Petra Costa, juntamente com a realizadora dinamarquesa Lea Glob, segue toda essa transformação. Durante os nove meses de gravidez de Olivia, ela e o seu companheiro Serge passarão do ficcional ao real. Filmado como um diário, o filme encena-se como um mergulho nas questões da arte, da filosofia de vida ou do envelhecimento.