Francisca, uma bela mulher viúva de 50 anos (interpretada por Maria de Medeiros), preparava um futuro tranquilo. Num assomo inesperado, agarra uma oportunidade de mudança e embarca num veleiro chamado ‘À Flor do Mar’. A memória da epopeia marítima portuguesa emerge. Surgem ainda outras reminiscências: a polaridade Ocidente/Oriente e o embate com o actual drama dos refugiados. Realizado por Margarida Gil (que venceu a Competição Nacional do IndieLisboa 2005 com “Adriana”), o filme conta com as interpretações de Pedro Cabrita Reis, Catarina Wallenstein, Nuno Lopes e Augusto Amado.
Numa ilha imaginária nos Açores, uma comunidade fecha-se em torno de Edmundo, um aristocrata rural, que acabou de perder a mulher, na sequência do nascimento da sua filha. Atravessado pelo desgosto, Edmundo declara o luto e proíbe qualquer forma de contacto sexual entre os habitantes. É neste ambiente que Adriana, a filha de Edmundo, cresce, ela que é uma das últimas crianças a nascer nesta ilha. Anos mais tarde, quando a desertificação da ilha se agudiza, Edmundo é levado a tomar uma decisão drástica: enviar a sua filha para Lisboa, para que ela possa constituir família por métodos naturais. E é assim que, para Adriana, começa a saga na grande cidade. Assaltada por uma elegante mulher logo à saída do aeroporto, Adriana não só fica sem os seus pertences, como perde também a identidade. Perdida na grande cidade, será ajudada por Estela e pelo seu filho Saturnino, um travesti, que a levará através de uma Lisboa misteriosa e surpreendente.