Nem Olivia Newton John, nem Jane Fonda. A cineasta Leonor Noivo justapõe a um certo blue mood do tema ‘Dopping’ os nove exercícios (e um tanto) para classes de exercício físico a serem visionados no pequeno ecrã. Uma aeróbica que tem tanto de soviética quanto de libidinosa. Curtas cenas vindas das secções televisivas com o físico dos modelos a olhar-nos nos olhos enquanto a mira técnica se sintoniza em pose anacronicamente lenta e colorida.
O folheto prometia um dia fantástico de diversão numa excursão de autocarro que nos levaria a passear pelo país. A viagem, só para pessoas a partir dos 25 anos, também incluiria um delicioso almoço, brindes e uma demonstração de ítens para o lar e a saúde”. Imperdível, dizia o panfleto.
Este é o edifício onde diariamente são discutidas as leis do país; a assembleia representativa de todos os cidadãos portugueses.
Leonor Noivo (melhor curta portuguesa, no IndieLisboa 2007, por Excursão) centra-se nas atribulações – amorosas – de André: um retrato doce e sentido de um bairro suburbano.
Andam aos pares de porta em porta e entram nas casas de quem os quer ouvir. Os Elderes e as Sisters, jovens missionários do movimento Mórmon, saem do seu país, estudam outra língua e outra cultura, absorvidos por esse espírito de missão. Aspiram ser os exemplos dos rapazes e raparigas perfeitos.
De uma circunstância ou curiosidade começou a minha pesquisa. Um processo ou um estudo para encontrar a intangibilidade de um objecto que está sempre em movimento, que nunca se detém, em nenhuma vida, em nenhuma época. Não podemos falar sobre ele, apenas sobre o que ele faz. Sobre os seus efeitos (…). (Leonor Noivo)