Cinema Português na Cinemateca Paixão em Macau

Pelo terceiro ano consecutivo, O IndieLisboa e a Portugal Film, a convite da Delegação de Macau da Fundação Oriente e da Casa de Portugal em Macau, com o apoio institucional do Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong Kong, do Instituto Português do Oriente e da XCESSU Ltd., trazem a Macau uma selecção de filmes portugueses que marcaram o último ano no circuito internacional. Desta vez, o programa abre na quarta-feira, dia 27, com o filme Amor Amor, de Jorge Cramez, uma história de amigos e de promessas de passagem de ano. Este filme, que estreou no IndieLisboa 2017, onde esteve nas competições nacional e internacional, é a segunda longa metragem do realizador.

No segundo dia, quinta-feira 28, a mostra apresenta o documentário de Susana de Sousa Dias, Luz Obscura, que parte de fotografias da polícia política portuguesa para retratar o modo como a ditadura operava na intimidade familiar. O filme, que tem feito uma excelente carreira internacional é um documento fundamental para reflectir sobre os aspectos mais obscuros do Estado Novo.

Este ano a mostra termina na sexta-feira, dia 29, com uma sessão de curtas metragens com quatro dos filmes de maior sucesso no último ano: Limoeiro, uma animação de Joana Silva realizada em contexto escolar na Royal College of Art de Londres; O Homem de Trás-os-Montes, de Miguel Moraes Cabral, uma ficção que parte do conhecido Guia de Portugal de Raul Proença, uma edição histórica, conhecida pela qualidade literária das descrições do país; Flores, de Jorge Jácome, um dos filmes portugueses que mais prémios arrecadou no último ano em festivais de cinema, é uma ficção que imagina um cenário de crise natural nos Açores provocada por uma incontrolável praga de hortênsias; a sessão termina com Os Humores Artificiais, de Gabriel Abrantes, curta que estreou no festival de cinema de Berlim no ano passado, onde ganhou uma nomeação para os European Film Awards, conta a história de uma menina indígena do Mato Grosso no Brasil que se apaixona por um robô. Margarida Moz, programadora do IndieLisboa, acompanhará as sessões.