The Girl From Monday

Hal Hartley

IndieLisboa 2005 •

USA, Fiction, 2004, 84′

Nova Iorque num falso futuro. Uma ficção paralela à realidade. Um futuro paralelo ao presente. Vinda do espaço, a rapariga cai no oceano. Ela vem de uma constelação distante chamada Monday e assume a forma humana de uma bela rapariga para poder procurar o seu amigo. O amigo terá chegado anos antes e ela suspeita que ele precise de ajuda, talvez preso na sua forma humana, agora com o nome de Jack Bell. Impulsionada pela Grande Revolução, a cidade-estado de Nova Iorque foi libertada pela Triple M (Major Multimedia Monopoly), que implementou uma ditadura de consumo em favor das acessibilidades, autonomias e progresso tecnológico. Jack Bell é o responsável pelo programa Human Value Reform Act que permite cotar os cidadãos na bolsa: os seus créditos no mercado aumentam consoante as suas relações sexuais e as contingências do próprio mercado. Assustado com as consequências das suas sugestões para este programa, Jack lidera um movimento de contra-revolução. Fortuitamente, Cecile, uma executiva da agência onde trabalha, acaba por tomar parte do seu movimento clandestino. Cecile. A rapariga. Jack. Um trio pseudo amoroso desadaptado da sociedade.Hal Hartley, uma das figuras de proa da geração indie do cinema americano no início dos anos 90 (ao lado de Todd Haynes e Gus Van Sant, por exemplo), está de regresso com a sua mais recente, e surpreendente, incursão cinematográfica.