É um dos filmes mais assustadores que vi nas últimas décadas diz Werner Herzog (produtor executivo juntamente com Errol Morris, entre outros). Em 2002, Oppenheimer decide ir para a Indonésia filmar os sobreviventes do massacre anticomunista de 1965-1966. Nunca antes as suas vozes tinham sido ouvidas publicamente. Essas conversas foram tidas na sombra dos torturadores. Ironicamente, diz o realizador, encontrámos mais perigo em filmar os sobreviventes do que os carrascos. Ao contrário do Ruanda, a Indonésia nunca teve comissões de verdade e reconciliação. O fracasso do golpe de estado resultou numa caça às bruxas contra os simpatizantes do Partido Comunista Indonésio. Muitos deles foram presos, torturados e mortos sem julgamento. O filme segue Anwar Congo, um dos mais temíveis torturador e que encena algumas das execuções do genocídio. Protegidos pela impunidade do governo, estes homens continuam em serem honrados como heróis nacionais. (A. I. S.)
The Act of Killing
Joshua Oppenheimer
IndieLisboa 2013 • Pulsar do Mundo
Denmark, Documentário, 2012, 158′