Pó. Está em todo o lado e sempre presente. Uma conglomeração das mais ínfimas partículas postas em movimento assim que as coisas começam a fixar-se. É combatido e limpo e no entanto sempre volta, mesmo à medida em que está a ser removido. Revela-se uma cultura do pó na sua fenomenologia concreta enquanto projecto de percepção e como área de coincidência do conhecimento antropológico e filosófico. O pó traça os limites do lugar onde ainda podemos experimentar directamente quem somos e de onde vimos, o que fazemos e o que podemos ou devemos ser. Lidamos incessantemente com ele. O pó não desaparecerá.