Em 2013, com “O Que se Move”, Caetano Gotardo emocionou uma plateia inteira e quase venceu o prémio do público e o ano passado, com a curta “Merencória”, os casais separavam-se e reuniam-se no entrelaçar de uma balada triste. Agora, com “Seus Ossos e Seus Olhos”, o realizador (e também argumentista, montador e protagonista) lança-nos mais uma vez no baile dos sentimentos, por entre lençóis suados, conversas de sofá, confissões e passeios pela rua. Na tradição de Rohmer ou Sang-soo, mas numa perspectiva queer, este é um filme que nos toca, com a mão aberta, o peito despido.