Mimi Chiola é a romanesca protagonista deste singular filme documental de Claire Simon, que a filma em Nice, com canções italianas em fundo. Mimi é fruto de um encontro entre as duas, registando o gosto de contar histórias de Mimi, que percorre as ruas de Nice com a realizadora: uma filma e a outra fala, refere a sinopse. Para Claire Simon, a banalidade contém a ficção e é com a ficção por referente que tem trabalhado os seus filmes documentais: Sempre disse que Coûte que Coûte estava ligado aos filmes negros americanos, que Récréations era Shakespeare para mim. Mimi está ligado a Perec e 800 Km de Différence, a Eustache e Renoir. [‚Ķ] A diferença entre mim e os etnólogos é que eu, quando filmo, penso em Hitchcock, Scorsese ou Godard.