Duas torres gémeas erguem-se nos arredores de Paris perante a passagem quotidiana de milhares de carros e pessoas em círculos de auto-estradas da paisagem urbana. No topo, duas raparigas de duas extremidades da Europa conhecem-se num lugar onde salas e corredores têm nomes de deuses mitológicos. “Mercuriales”, o nome dessas torres e da segunda longa metragem de Virgil Vernier (cujos “Orléans” e “Andorre” foram exibidos no IndieLisboa 2013 e 2014, respectivamente), é o encontro mágico dos 16mm com uma fábula sobre o sistema económico europeu, as ruínas da sua história política, e os desejos das personagens, verdadeiras ou mitológicas, que nelas vivem.