A segunda longa metragem de Rivette adapta o romance homónimo de Diderot sobre uma jovem que é posta num convento à sua revelia. Antes mesmo de ser realizado, o filme desencadeou uma cabala de políticos conservadores, que fizeram com que fosse proibido, o que gerou um enorme escândalo. Só foi autorizado depois do título ser alterado para Simone Simonin, la religieuse de Denis Diderot, embora nunca ninguém se tenha referido assim ao filme. Muito diferente do estilo que Rivette adoptaria a partir de L’amour fou (1969), rigoroso e rarefeito, extremamente “escrito”, La religieuse conta com um desempenho excepcional de Anna Karina no papel principal. (Cinemateca Portuguesa)