Peter Strickland parece ser o maior herdeiro contemporâneo do cinema de terror clássico. Depois de “Berberian Sound Studio”, homenagem ao cinema giallo, e de “The Duke of Burgundy” (IndieLisboa 2015), com ecos dos jogos de manipulação do cinema de Losey e Buñuel, chega-nos agora In Fabric, a história de um vestido amaldiçoado que vai passando de mão em mão e dos efeitos devastadores para os seus sucessivos detentores. Um filme que mistura violência coreografada e humor negro num universo densamente povoado pelo melhor do terror italiano dos anos 1960 e 1970.