Logo a começar pelo título, que cita “Eu Nasci, Mas…” de Ozu, o nono filme de Angela Schanelec impõe umas reticências. Um rapaz de 13 anos desaparece durante uma semana, para reaparecer misteriosamente. Esse regresso deixa em suspenso a sua mãe e os seus professores, assim como o filme, que paira de personagem em personagem. Schanelec (“The Dreamed Path”, IndieLisboa 2017), pertencente à Escola de Berlim, preserva o seu estilo minimalista, rigoroso e elíptico, feito de detalhes sugestivos. Este filme deu-lhe o prémio de Melhor Realização no festival de Berlim.
Ich war zuhause, aber
Angela Schanelec
IndieLisboa 2019 • Silvestre
Alemanha, Sérvia, Ficção, 2019, 105′