O norte-americano naturalizado francês Eugène Green desenvolveu num atelier com actores En attendant les barbares, uma sátira de fino humor sobre os dias de hoje. As redes sociais anunciam a chegada dos bárbaros e o único sítio seguro é uma mansão medieval onde os telemóveis ficam à porta. Green (que venceu o Grande Prémio do IndieLisboa, em 2004, com Le monde vivant) mantém-se fiel ao estilo que o caracteriza: diálogos em tom declamatório dirigidos à câmara, trabalho de composição milimétrico e um gosto erudito pelas outras artes. Um filme que depura o cinema até aos seus primórdios.