Para Roque, acabado de chegar do interior, a universidade em Buenos Aires era uma oportunidade para conhecer raparigas, mas é pela política que ele se apaixona. Entre aulas e festas onde se joga a popularidade, a curiosidade e algumas inseguranças, todos estão à procura de si próprios, mas Roque é descoberto pelo discurso sentido da intrigante Paula e pelas conversas mais ou menos informais onde se aborda o capitalismo, o marxismo, um Rousseau e um Hobbes, a necessidade ou não da guerra e a hipótese de uma nova ordem social. Quando as diferenças dividem a associação de estudantes e instalam o caos, Roque afirma-se como líder estudantil, por um melhor ensino. Com um estilo cru, câmara à mão e planos fechados nas personagens que nos fazem sentir as suas lutas (interiores também), tropeçamos nelas à medida que vão tropeçando umas nas outras. (Ágata Pinho)