(Em parceria com o Festival Lisboa 5L)
Visconti torna o protagonista de Thomas Mann, Gustav von Aschenbach, um compositor em vez de um escritor, mas o filme é uma adaptação bastante fiel do romance do autor alemão. Aschenbach viaja até Veneza, por motivos de saúde, e encontra uma cidade a degladiar-se com uma epidemia de cólera. Lá, conhece Tadzio, um jovem polaco, deslumbrando-se com a beleza deste.
[a partir da novela de Thomas Mann]
Apresentação: Claudia Fischer
Visconti trabalhou a adaptação do romance de Camus (O Estrangeiro, 1942) seduzido pela possibilidade de traçar um fresco político contemporâneo centrado no fim da colonização francesa na Argélia, versão que a viúva de Camus impossibilitou exigindo que o livro fosse escrupulosamente seguido. Visconti manteve-se fiel aos compromissos de produção e filmou Lo straniero mas desinteressou-se do projecto, para o que além das pressões de Francine Camus e do produtor Dino de Laurentiis, terá contribuído a desistência do actor com quem queria trabalhar, Alain Delon, que Mastroianni acabou por substituir, contracenando com Anna Karina. Para muitos, LO STRANIERO é um Visconti fracassado. Outros enaltecem a primeira parte, rodada sob o sol da Argélia. Na Cinemateca foi exibido uma única vez, em 1997. (Cinemateca Portuguesa)