Um filme dedicado à carreira do violinista, improvisador, instrumentista e compositor Carlos “Zingaro”, um dos nomes mais importantes da música experimental portuguesa, bem como uma das grandes figuras da música improvisada europeia.
Mergulho nas águas profundas de um artista multidisciplinar e inconformado que se dedicou, desde a primeira juventude, à experimentação e a “estéticas falíveis”, na sua própria definição. Pioneiro, em Portugal, da música improvisada. O artista é filmado em acção, num espaço abstrato e num tempo suspenso. Nos intervalos das suas actuações somos levados, pelo grão da sua voz, a incursar nos labirintos da sua memória, sem filtros nem rodeios. Ao retratar-se, Carlos “Zíngaro” retrata também um país em várias épocas.
Nasceu em 1976, Lisboa. Desde 2003 que a sua actividade principal é a escrita de argumento e realização cinematográfica: “O Nome e o N.I.M.” (curta, 2003), “Comer o Coração de Rui Chafes e Vera Mantero” (doc., 2005), “Cinerama” (longa, 2009), “Bobô” (lonha, 2013), “Vira Chudnenko” (documentário, 2017), “O Sapo e a Rapariga” (curta, 2019), “A Escuta” (doc., 2022). Os seus filmes têm sido premiados e exibidos em dezenas de festivais internacionais como TIFF- Toronto, Nouveau Cinemas Nouveau Medias, Angers, Torino FF, Mostra de São Paulo, DocLisboa, Vila do Conde, IndieLisboa.