O que significa (ainda) acreditar no poder revolucionário do cinema? Quatro amigos juntam-se numa casa de campo para refazer partes de obras icónicas desse poder, como La Chinoise (1967) de Godard ou Nicht löschbares Feuer (1969) de Harun Farocki. Depois de Leones, sua obra de estreia (IndieLisboa 2013), o estilo elíptico de Jazmín López está de volta. Nunca sabemos de onde vem o som, nem para onde pode partir a câmara. Rui Poças é o diretor de fotografia.
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Considerada uma das vozes mais promissoras na Argentina, Jazmín López (realizadora do incrível Leones em competição no IndieLisboa 2013) volta agora com este filme em que quatro amigos se juntam numa casa de campo para fazerem o reenactement de três obras icónicas revolucionárias dos finais dos anos 60: os filmes de Godard La chinoise e de Farocki Inextinguishable Fire e a performance que resultou numa série de fotografias Untitled (Facial Hair Transplants) de Ana Mendieta. O que poderia ser uma obra racional, é aqui um filme inventivo e cheio de vida (as conversas atropelam-se e deixam-se deslizar entre a interpretação e a reinterpretação), invocando o poder inspirador da música que sublinha o que não pode ficar esquecido, convocando longos travellings através das divisões da casa e no exterior, brilhante direcção de fotografia assinada por Rui Poças) para lhe dar monumentalidade. (Miguel Valverde)
Considerada uma das vozes mais promissoras na Argentina, Jazmín López (realizadora do incrível Leones em competição no IndieLisboa 2013) volta agora com este filme em que quatro amigos se juntam numa casa de campo para fazerem o reenactement de três obras icónicas revolucionárias dos finais dos anos 60: os filmes de Godard La chinoise e de Farocki Inextinguishable Fire e a performance que resultou numa série de fotografias Untitled (Facial Hair Transplants) de Ana Mendieta. O que poderia ser uma obra racional, é aqui um filme inventivo e cheio de vida (as conversas atropelam-se e deixam-se deslizar entre a interpretação e a reinterpretação), invocando o poder inspirador da música que sublinha o que não pode ficar esquecido, convocando longos travellings através das divisões da casa e no exterior, brilhante direcção de fotografia assinada por Rui Poças) para lhe dar monumentalidade. (Miguel Valverde)