Além de apresentar filmes ainda por estrear, obras dissecadas com novas técnicas e mecanismos, o IndieLisboa oferece também ao seu público a oportunidade de rever, ou talvez, conhecer grandes clássicos que marcaram a história do cinema. Essas imagens traduzem-se na secção Director’s Cut. Preenchida pelos grandes mestres do cinema como Bertolucci ou Bergman, a secção que se distingue por recuperar a poética dos antigos está em grande destaque esta Terça-feira!
James Whale quando decidiu trabalhar a obra literária de Mary Shelley, com certeza, nunca imaginou que a sua adaptação cinematográfica imortalizaria a personagem criada pela escritora britânica. Um dos mais notáveis filmes de terror da história do cinema, assumindo-se quase como a génese do género nos muito conhecidos estúdios da Universal, Frankenstein conta-nos a história do cientista Victor Frankenstein (Boris Karloff) que na sua loucura científica criou uma criatura grotesca, que mais tarde, ficaria para sempre conhecida pelo nome do homem que a criou. Passados 83 anos, esta maravilha poética passa pelo o IndieLisboa e é exibido Terça-feira, dia 29, às 15:30, na CInemateca Portuguesa.
Enquanto na Cinemateca alguns assistem a experiências científicas, não muito longe, o Cinema City Campo Pequeno, neste dia, abre as suas salas também com grandes obras. Provavelmente, um dos acontecimentos mais notórios desta edição do festival, que além de promover o cinema independente internacional, também promove obras portuguesas independentes, é a visita de Hitchcock às nossas salas. Obviamente que os cameos de Hitchcock são apelativos e despertam a curiosidade dos seus fãs, mas não tanto como a perfeita interpretação de Ray Milland e da belíssima Grace Kelly em Dial M for Murder. Os dois actores protagonizam este marco na história do cinema, único filme 3D do realizador britânico, que será exibido três durante no festival e esta Terça-feira passa às 16:30 na Sala 1 do Cinema City Campo Pequeno.
Voltamos à Cinemateca! Depois de Frankenstein, Boris Karloff não se afasta do ecrã e regressa em A Masque of Madness (Notes On Film 06-B, Monologue). Norbert Plaffenbichler prossegue a sua série “Notes On Film”, onde desta vez, Madness compõe-se a partir de planos de Karloff, onde este interpreta quase 170 personagens diferentes. Uma lição de cinema para todos os cinéfilos. O início da sessão fica a cargo de Filipe Afonso, realizador emergente português, com Walk In The Flesh, um vídeo que se apropria de imagens originais do filme Scanners de David Cronenberg. A sessão começa às 19 horas.