Júris e prémios

Adina Pintilie

No panorama cinematográfico romeno, o seu corpo de trabalho destaca-se pelo estilo visual autoral, pela experimentação cinematográfica e pelo seu interesse pela mente humana. A sua primeira longa metragem Touch Me Not ganhou o Urso de Ouro e o Prémio para Melhor Primeira Obra na Berlinale 2018. O filme fez um impressionante circuito de festivais e foi adquirido para distribuição em mais de 35 países. Realizou ainda os filmes Don’t Get Me Wrong, Oxygen, Diary#2 e Sandpit#186, exibidos e premiados em festivais por todo o mundo.

Boyd van Hoeij

Escritor freelancer, vive entre Paris e o Luxemburgo. Como crítico colaborou com a Variety, e colabora agora com o The Hollywood Reporter, desde 2013. É editor de cinema da Winq (Holanda) e contribui regularmente para o De Filmkrant. Além de escrever sobre cinema, é programador do Luxembourg City Film Festival e presidente do Comité de Selecção do Luxembourg Film Fund. Leccionou cursos de crítica de cinema e conduziu análises de filmes clássicos em países tão variados quanto a Lituânia, Portugal, Hungria, Irlanda e Estados Unidos.

Ivo Ferreira

Nasceu em Lisboa em 1975. Depois da Escola Artística António Arroio, deixa a London Film School e a Universidade em Budapeste por uma viagem à China que marca para sempre a sua vida. Em Macau começa a sua actividade como (co)realizador com O Homem da Bicicleta. Segue-se O que Foi, e uma longa, Em Volta. Em 2009 estreia no IFFR Águas Mil. Entretanto fez curtas – O Estrangeiro, Salto, Na Escama do Dragão, Equinócio – e documentários -Vai com o Vento, À Procura de Sabino. Em 2016 Cartas da Guerra estreia em competição na Berlinale.

David Santos/Noiserv

Já lhe chamaram “homem-orquestra” ou “banda de um homem só”. Tem um percurso marcado pela composição e interpretação musical de temas que viajam entre a memória, sonho e a realidade. Conta com o bem sucedido disco de estreiaOne Hundred Miles from Thoughtlessness em 2008, o EP A Day in the Day of the Daysem 2010 e em Outubro de 2013 editou Almost Visible Orchestra, distinguido como Melhor Disco de 2013 pela Sociedade Portuguesa de Autores. Em 2016 editou o seu disco mais recente, 00:00:00:00. Contribui também para o panorama do cinema e teatro nacional.

John Canciani

É o director artístico do Internationale Kurzfilmtage Winterthur desde 2012. Foi director de programação do Kurz und Knapp de 2006 a 2012. Em 2009, tornou-se membro do comité de selecção e direcção do Swiss Youth Film Festival, em Zurique. Também é, desde 2013, curador do Cinema Cameo (Filmfoyer Winterthur). Foi ainda curador de vários programas apresentados internacionalmente e membro do júri em inúmeros festivais. O seu filme Tokyo Rock n Roll (2007) foi exibido em 18 festivais em todo o mundo.

Payal Kapadia

Cineasta e artista de Bombaim. É entre leves e efémeros gestos femininos que tenta encontrar a verdade do seu cinema. O seu filme Afternoon Clouds estreou no Cinéfondation em Cannes 2017 e foi seleccionado para inúmeros festivais. O documentário And What is the Summer Saying estreou na Berlinale 2018, recebeu o Prémio Especial do Júri no IDFA e o prémio para melhor curta em Friburgo. A sua curta The Last Mango Before Monsoon estreou em Oberhausen 2015, onde recebeu o Prémio FIPRESCI e o Prémio Especial do Júri.

Arnaud Gourmelen

Nascido em 1976 em Paris, começou a programar para festivais como Angers, Brest, Biarritz e Pantin. Em 2005 tornou-se coordenador de programação do Premiers Plans Angers, no qual descobriu novos cineastas de toda a Europa. Foi também curador de diversas retrospectivas dedicadas, entre outros, a Aki Kaurismäki, Pier Paolo Pasolini, Jean-Luc Godard, Barbet Schroeder, Nanni Moretti e Luis Buñuel. De 2011 a 2018, foi programador da Quinzena dos Realizadores de Cannes. É consultor de programação para Karlovy Vary, Bruxelas e Zurique.

Iván Villarmea Alvarez

Iván Villarmea Álvarez(A Corunha, 1981) trabalha como investigador de pós-doutoramento na Universidade de Santiago de Compostela. É autor do livro Documenting Cityscapes. Urban Change in Contemporary Non-Fiction Film(2015) e co-editor dos volumes Jugar con la Memória. El Cine Portugués en el Siglo XXI(2014) e New Approaches to Cinematic Space(2019). Desde 2011 escreve na revista digital de crítica cinematográfica A Cuarta Parede.

Patrick Holzapfel

Patrick Holzapfel trabalha como escritor, cineasta e curador. Em 2016 recebeu a bolsa Siegfried-Kracauer. Os seus textos são publicados em vários meios e publicações em alemão e inglês. É editor do site em língua alemã Jugend ohne Filme também colabora com o Austrian Film Museum.

Frederico Serra

Realizador e produtor. Um dos fundadores da Take it Easy, produtora independente em Lisboa, focada em storytelling e argumentos baseados em personagens. Produziu curtas metragens, longas metragens e séries de televisão em diversos géneros, desde ficção, passando por documentário, animação, horror ou comédia. Esses projetos reuniram prémios e menções especiais em festivais de cinema em todo o mundo.

Pandora da Cunha Telles

Antes de fundar a sua produtora trabalhou na UniPortugal, Animatógrafo e Filmes de Fundo onde produziu longas e curtas metragens. Em 2009 fundou, com Pablo Iraola, a Ukbar Filmes. Produziu inúmeros projectos de ficção e documentário para cinema e televisão – com uma tendência para a ficção mais narrativa – e investe em novos realizadores portugueses e em projectos internacionais. As suas produções mais recentes foram seleccionadas para os festivais de Cannes, Berlin, Locarno, e IDFA.

Wouter Jansen

Foi coordenador de programação do Go Short – International Short Film Festival Nijmegen durante as primeiras 10 edições. Em 2013, iniciou a distribuidora Some Shorts, especializada em curtas metragens visualmente arrojadas e documentários de longa metragem. Este trabalho resultou num catálogo de filmes estreados nos principais festivais, nos quais os filmes ganharam vários prémios, como os Óscares, os European Film Awards e também prémios principais em Cannes, Berlim, Locarno e Clermont-Ferrand.

Juliana Antunes

Juliana Antunes estudou cinema, com especialização em realização e argumento, em Belo Horizonte. Realizou, produziu e escreveu a longa Baronesa,vencedora dos festivais de Havana, FIC Valdívia, IndieLisboa, e  FIDMarseille em 2017 (e melhor Opera Primapara a revista La Internacional Cinefilia, de Roger Koza). Trabalhou como programadora no CINE 104 e fundou e programa o Cineclube Aranha. Realizou e escreveu a curta Plano Controle, premiada em Brasília (2018) e prepara a sua próxima longa, Bate e Volta Copacabana.

Massimo Lechi

Crítico de cinema e teatro. Estudou Literatura na Universidade de Génova e trabalhou como assistente de realização e assistente de produção durante vários anos. Desde 2006 tem escrito regularmente críticas e reportagens de festivais para revistas italianas e inglesas. Em 2012 publicou o seu primeiro livro e tornou-se professor freelancer de história do cinema e do teatro. Participou em inúmeros festivais como júri, entre eles Thessaloniki, Istambul, Ancara, Drama, Chemnitz, Veneza e Berlim.

Philippe Ciompi

É director de som e faz mistura de voz. Com uma extensa experiência na Grã-Bretanha, Suíça, China, França e outros países. A sua obra explora a forma através da qual o som cria redes perceptivas de espaço e tempo. Trabalha como editor, compositor e artista sonoro, e é professor convidado de design de som na Royal College of Art e na Goldsmiths College, bem como na HEAD. Os seus trabalhos recentes incluem colaborações com Ben Rivers e Ben Russell, Manna Jumana, Dieudo Hamadi, Elene Naveriani, Andrew Kötting e Sarah Vanagt, entre outros.

Rachael Rakes

Curadora principal e coordenadora de programação no De Appel em Amsterdão. Editora-geral da Verso Books e programadora da Film Society of Lincoln Center, na qual faz a co-curadoria do Art of the Real. Foi professora de documentário na The New School e na Harvard Summer School. De 2011 a 2017, foi editora de cinema no Brooklyn Rail, tendo também colaborado com o Artforum e o Village Voice, e outras publicações. Organizou exposições para o A.I.R., Centro Pompidou, ArtCenter/South Florida, Malmö Konsthall, entre outros.

Susana Santos Rodrigues

Programadora delegada em Karlovy Vary e Cinéma du réel para o cinema da América Latina e Portugal, consultora de programação do Bildrausch Film Fest Basel e membro dos comités de seleção do Festival do Rio e do Hubert Bals Fund do IFFR. Consultora internacional do Doha Film Institute; colabora ainda na avaliação de projectos para o programa Media – Europa Criativa da União Europeia. É co-fundadora da Vaivem, distribuidora e produtora, e organiza a mostra itinerante “Semana de Cine Portugués”, na América Latina, e o AR: Festival de Cinema Argentino, em Lisboa.

Bruno Pernadas

Licenciado em Música – variante de Jazz – pela Escola Superior de Música de Lisboa. Iniciou o seu percurso aos 13 anos com o estudo de Guitarra Clássica, estudando depois Jazz na Escola Luiz Villas-Boas. Lançou três discos, nos quais combina vários géneros musicais, como jazz, space age pop e música electrónica. Faz parte dos grupos Minta & The Brook Trout, Suzie’sVelvet, The Sun Ra Project, Montanhas Azuis e Kikagaku Moyo (a última como produtor). Trabalha regularmente como compositor para cinema, TV, teatro e dança contemporânea.

Isilda Sanches

É conhecida sobretudo como jornalista e divulgadora musical, mas também trabalhou em cinema e televisão, após a conclusão do Curso de Comunicação Social na Universidade Nova, em 1992. A divulgação musical acabou por ser o seu território mais natural, escreveu em jornais como Capital, Blitz, Já ou Diário de Notícias e trabalhou nas rádios XFM, Voxx, Marginal e Oxigénio (onde esteve 16 anos). Actualmente faz parte da equipa da Antena 3.

Tiago da Bernarda/Gato Mariano

Ilustrador freelancer, autor da webcomic O Gato Mariano. Licenciou-se em Ciências da Comunicação na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e, posteriormente, tirou o curso de Ilustração para Novos Media na ETIC. Colaborou com festivais como Milhões de Festa, Zigurfest ou Black Bass – Évora Fest e ocasionalmente com o site Rimas e Batidas. Em 2019, lançou a antologia O Gato Mariano: Críticas Felinas(2014-2018) que reúne ilustrações das suas críticas direcionadas à música independente portuguesa.