Com o programa cá fora e o festival a chegar, está na altura de abrir as bilheteiras do IndieLisboa! A partir de hoje, os bilhetes para o festival estão disponíveis para compra na bilheteira central do festival na Culturgest e em www.ticketline.pt. Todos os filmes, sinopses, sessões e mais informações estão atualizadas no site e na app do festival, que já pode ser descarregada a partir de hoje. E, porque o momento é de festa, anunciamos mais motivos para celebrar – a programação do IndiebyNight, que regressa, depois de dois anos em suspenso, com um cartaz pensado a partir do festival, especialmente a partir do IndieMusic.
A Festa de Antecipação do IndieLisboa está marcada para sábado, dia 23 de abril, no mítico Musicbox. Começamos a festejar durante a tarde com o warm-up do IndieJúnior, que celebra em 2022 a maioridade na sua 18ª edição. O primeiro acto começa às 15h e é marcado por uma sessão para abrir o apetite para mais uma edição do festival e que vai recordar 6 curtas metragens exibidas no ano passado. No segundo acto, até às 18h, a pista de dança é comandada por Pedro Ramos, radialista e programador cultural, numa matiné que abre o Musicbox a menores de 18 anos.
À noite, no mesmo sítio, a festa de antecipação da nova edição do IndieLisboa continua a partir das 23h com um live de Karel, um fã em partes iguais do palco e da discoteca, que deita mãos aos seus sintetizadores e drum machines para bordar o new wave, o indie e a eletrónica contemporânea numa manta de retalhos que pode reivindicar como só sua. Em disco – os EPs Life (2018) e The Work (2019) -, o compasso pode ser a meio-tempo, mas, ao vivo, os temas de Karel tomam a forma de hinos de pista de dança, catapultados pela sua enérgica presença de palco. Depois, já à noite o trio atacante Chima Hiro, Telma e Hadi Zeidan mantém a cadência imparável de dança, suor e lágrimas de alegria.
A próxima festa é dia 29, às 23h, no B.Leza, um tributo a Cesária Évora, com concerto de Lucibela e DJ set de FININHO. A estreia do documentário de Ana Sofia Fonseca sobre Cesária é o pretexto para celebrarmos a música de Cabo Verde e o legado da cantora, uma mulher negra, africana, de um contexto pobre, que tinha apenas a sua voz e cujo único sonho era ser livre. Lucibela é uma cantora da nova geração, nasceu em 1986, na ilha de São Nicolau, no barlavento cabo-verdiano, mas o seu virtuosismo e capacidade de interpretação já a colocam entre as grandes vozes da atualidade. Contará neste concerto com um conjunto de músicos cabo-verdianos para um tributo a Cesária Évora. Segue-se FININHO, co-fundador dos Celeste/Mariposa, com um DJ set com os sons quentes de Cabo Verde para dançar até de madrugada.
Aproveitando a estreia mundial do filme A Escuta, de Inês Oliveira, o Átrio Central da CGD recebe o concerto de Carlos “Zingaro”, um músico que desbravou muitos dos novos terrenos que as artes portuguesas cultivaram nas décadas de 60 e 70. No fim da adolescência, ainda nos anos 1960, após ter recebido tudo o que a escola podia ter dado ao seu violino, Carlos “Zingaro” criou a banda Plexus onde a uma ideia rock juntou o free jazz e a música contemporânea, num arrojo de convicções bem à frente do tempo. Talvez por isso, tornou-se um músico primordial para uma preparação de abril, enquanto se foi aproximando do teatro como compositor, mas também como cenógrafo e figurinista. No final dos anos 1970, a sua improvisação assimila novos estudos e experiências, aparecendo como figura capital para a luz do jazz livre europeu desde então. Neste concerto, marcado para dia 30 de abril, é acompanhado por David Alves no violino, Alvaro Rosso no contrabaixo e Ulrich Mitzlaff no violoncelo.
Voltamos ao Musicbox no dia 6 de maio para um concerto de Escape-ism, projecto de Alexandra Cabral e Ian Svenonius (fundador dos The Make-Up e personagem central da cena punk de Washington desde os anos 1980). A sua estética musical é o “rock’n’roll mínimo”; Escape-ism são eléctricos, excitantes, e o oposto do insípido indie rock corporativo. A banda editou recentemente Rated Z na sua própria editora, a Radical Elite. O duo tem ainda um filme no IndieMusic, The Lost Record, uma meditação sobre o poder dos objectos que compõem a nossa vida.
No dia seguinte, a Igreja de St. George recebe um concerto especial .O início dos anos 80 trouxe-nos os imprevisíveis Telectu, cujos mentores, Vítor Rua e Jorge Lima Barreto, eram adeptos da experimentação total. Uma banda incontornável e histórica do panorama musical português e um dos seus grupos mais originais de sempre. A formação actual, com Rua e Ilda Teresa Castro, sobe à Igreja dos Ingleses para tocar temas dos primeiros LPs dos Telectu, principalmente do Belzebu e do Off Off. Os dois músicos, juntamente com Carlos Mendes e Vasco Bação, fazem parte da equipa responsável pelo filme Sonosfera Telectu, um documentário feito na primeira pessoa, que compila centenas de horas de gravações vídeo raras e inéditas, feitas nos anos 80 e 90.
Todas as noites do festival, depois do final das sessões de cinema, o bar Gala Gala é o ponto de encontro para equipa, convidados e público do festival, com música a cargo da equipa e convidados do festival. De 29 de abril a 8 de maio, este é o espaço para regressar aos prazeres de beber copos com amigos e desconhecidos pela noite dentro, sem preocupações. A isto, juntam-se sete máquinas de arcade para reviver velhos clássicos, como Pac-Man, Donkey Kong ou Street Fighter.
O programa completo para o IndiebyNight, assim como as informações sobre bilhetes, podem ser consultados em indielisboa.com/indiebynight.
A 19ª edição do IndieLisboa terá lugar entre o Cinema São Jorge, a Culturgest, a Cinemateca Portuguesa, o Cinema Ideal e a Biblioteca Palácio Galveias, do dia 28 de Abril ao dia 8 de Maio.