Director’s Cut: A inevitável marca do cinema alemão

O IndieLisboa continua a estabelecer elos entre a programação de novos filmes do cinema contemporâneo e outros que marcam as suas influências e inspirações. Este ano, a secção Director’s Cut apresenta, assim, exemplos fortes de um dos países mais marcantes do cinema mundial: a Alemanha. Obras que, tanto no início da história do cinema como nas épocas seguintes, reagiram, por luzes e sombras, às dinâmicas políticas e sociais europeias. From Caligari to Hitler: German Cinema in the Age of the Masses, em exibição na Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, hoje, às 19h, é um estudo sobre o cinema dos anos 1920 e 1930 e a relação do expressionismo alemão com os medos escondidos da sua sociedade. Ainda antes, Asphalt, também na Cinemateca Portuguesa, às 15h30, traz-nos um dos seus melhores (e raros) exemplos. No dia seguinte, a mesma sala irá dedicar uma parte da sua programação a Rainer W. Fassbinder – um dos maiores cineastas da história e que melhor soube criar respostas, no cinema, às falhas da sua sociedade. Às 15h30, será exibido As Lágrimas Amargas de Petra von Kant (1972), enquanto que a sessão das 19h está reservada a um documentário de Christian Braad Thomsen sobre o realizador: Fassbinder – To Love Without Demands.